Guarda-redes do Bodo/Glimt jogou em Portugal: «Estou entusiasmado por ver Diogo Costa ao vivo»
Nikita Haikin (FOTO: REDE X/NIKITA HAIKIN)

Guarda-redes do Bodo/Glimt jogou em Portugal: «Estou entusiasmado por ver Diogo Costa ao vivo»

Nikita Haikin passou pelos juniores do Nacional em 2013/14. A A BOLA recorda esse percurso na Madeira, do erro que cometeu em sair, e oferece-nos um retrato do que vale o conjunto norueguês. Do outro lado, está um guarda-redes que, pelo seu potencial, lhe convoca curiosidade

Há um jogador do Bodo/Glimt com uma ligação a Portugal. Atende-nos o telefone. Surpreende-nos com um «olá» e despede-se com um «obrigado». O guarda-redes Nikita Haikin, 29 anos, nascido em Israel mas com nacionalidade russa (jogou nas camadas jovens daquele país), passou pelos sub-19 do Nacional da Madeira em 2013/14, proveniente do Reading, depois de passagens pelo Chelsea, Portsmouth e Dínamo de Moscovo.

Nikita Haikin, de verde, nos sub-19 do Nacional da Madeira

Como é que isso aconteceu? Foi o que A BOLA procurou descobrir. «Aos 19 anos tive a oportunidade de ir para Portugal. Estava a jogar em Inglaterra, mas as restrições para jogadores estrangeiros no Reino Unido eram quase inultrapassáveis. Em Portugal era mais simples. Pela primeira vez saí do conforto da família para me aventurar sozinho no Nacional da Madeira», recorda, como se tivesse viajado ontem para a Pérola do Atlântico.

«Foi entusiasmante, um novo país, uma língua diferente, uma outra Liga, era algo totalmente novo», relata Nikita Haikin, que foi feliz na Madeira. «Fiz os jogos todos e era chamado muitas vezes aos treinos da primeira equipa. Ficou-me na memória uma vitória do Nacional contra o Benfica, fora de casa, pelos juniores, foi histórico», entusiasma-se ao recuar dez anos.

O guardião do Bodo/Glimt jogou no Nacional na época 2012/13

«Foi fantástico fazer parte daquela equipa, mas…» O mas encerra uma decisão que o próprio assume ter sido errada. «Tinha contrato, mas eu e o meu agente decidimos sair. Olhando para trás, cometemos um erro, se tivesse ficado onde poderia ter chegado?», questiona. «Claro que estou feliz pelos títulos conquistados no Bodo/Glimt», onde foi três vezes campeão e venceu uma Taça da Noruega, «mas ficará sempre essa dúvida».

«SOMOS UMA EQUIPA INTELIGENTE»

Estacionamos no presente e no jogo contra o FC Porto. «Podem esperar um Bodo/Glimt entusiasmante, que faz pressão alta e gosta de atacar. O nosso foco está mais na performance que no resultado. Em casa somos mais ofensivos, mas também somos inteligentes, porque sabemos a qualidade que o FC Porto tem, sabemos contra quem jogamos, é uma equipa de Champions», sublinha o guardião.

Nikita Haikin falou connosco antes da sessão vídeo destinada a sondar os segredos do FC Porto. Conhece bem os dragões e destaca um nome. «É um adversário com muita qualidade em todos os setores. Mas tenho curiosidade de ver o Diogo Costa ao vivo. É um grande guarda-redes, dos mais promissores e valorizados do mundo, estou entusiasmado com a ideia de o defrontar», disse, antes do educadíssimo «obrigado» com que se despediu de A BOLA

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