«Geovany Quenda joga a extremo»

Filipe Celikkaya treinou o esquerdino na equipa B do Sporting e em declarações a A BOLA destaca os bons exemplos que fazem parte do plantel principal

Filipe Celikkaya, que nas últimas quatro épocas foi o treinador da equipa B do Sporting, com estreita relação com Rúben Amorim, esclarece, a A BOLA, o papel de Quenda na equipa principal.

«Gostava que quando a equipa do Sporting está a atacar se tirasse uma fotografia com um drone, para se perceber que, de facto, o Quenda  joga a extremo. Está a jogar na linha, bem subido. É uma característica que ele já vinha a desempenhar, especialmente na equipa B, em que jogava à direita por fora. Quando falamos em sistemas e em dinâmicas, tem muito a ver com o cunho e com aquilo que se pede ao jogador do ponto de vista ofensivo e defensivo. Porque ele já desempenhou funções de extremo ou ala por fora, que é o que ele está a fazer neste momento. E com alguma recorrência, especialmente porque os jogadores da Academia que estão numa equipa B, em média, vão treinar com a A mais de 30 vezes durante o ano. Em relação ao Quenda, o Rúben, naturalmente, já previu o que poderia ser a utilização dele no futuro», realça.

«Rendimento» é o que dita as oportunidades

O treinador não está surpreendido com o início de época de Quenda, a quem tece elogios pelo caminho que tem vindo a trilhar. «Os jogadores que estão no Sporting, que apresentam rendimento, porque é muito importante esta palavra, não é só o potencial de crescimento dentro de uma estrutura como é o clube, mas que apresentam rendimento ao longo do seu processo dentro do clube, vão ter as suas oportunidades. Todos os jogadores têm projetos dentro do clube. O Rúben tem projetos para o Quenda, o Dário [Essugo], o Rodrigo Ribeiro, o Travassos, o Diogo Pinto, o Callai. Agora, resta ao jogador ter rendimento no momento em que é posto à prova. E acho que o Quenda tem correspondido, através do seu trabalho, àquilo que o Rúben lhe tem fornecido. Estou muito contente por ter trabalho com ele, já apresentava muita qualidade e maturidade para a idade, essencialmente comportamental, no dia a dia com os colegas, na forma como ouve os treinadores e como treinava. Muito sério e  isso transparecia para o jogo», acrescenta.