Espanha-França, 2-1 Futebol selvagem de Espanha encanta e dá bilhete para a final de Berlim
'Nuestros hermanos' passeiam classe no Campeonato da Europa e são os mais sérios candidatos à vitória no torneio. Adversário sairá esta quarta-feira da outra meia-final entre a Inglaterra e Países Baixos em Dortmund
Com Lamine Yamal em grande plano, a Espanha carimbou esta terça-feira, em Munique, o passaporte para a almejada final do Campeonato da Europa, agendada para Berlim, no próximo domingo. 'La Roja' voltou a exibir-se num plano superior ao adversário, com a França a entrar melhor da partida, mas a ser alvo de uma reação enérgica e com imensa fúria da armada do país vizinho, comandada por um jovem de apenas 16 anos (Lamine Yamal), que aniquilou por completo as aspirações de os franceses lograrem sair por cima na meia-final disputada na casa do Bayern Munique.
A equipa de Luis de la Fuente foi amplamente superior a uma França muito dependente dos rasgos de Mbapé e que até esteve na frente do marcador. Mas a forma como a Espanha respondeu a esse golo é digna de registo, com um golão da jovem estrela do Barcelona, que atirou uma autêntica bomba que só parou no fundo das redes de Mike Maignan, guardião que na próxima época será treinado no Milan pelo português Paulo Fonseca.
A Espanha volta a uma final do Europeu doze anos depois e disputam a quinta final da sua história, sendo que nas quatro anteriores só perderam uma: precisamente contra a França, em 1984. Recorde-se que os triunfos do país vizinho na competição ocorreram em 1964, 2008 e 2012.
No duelo de titãs de Munique foi a Espanha quem se superiorizou, em mais uma exibição consistente, com futebol atrativo à mistura e uma dose de fúria de premeio. A armada espanhola segue invencível e a convencer os amantes do desporto rei, surgindo nesta altura como a grande favorita para a final do próximo domingo, esperando apenas o adversário, que sairá da outra meia final, agendada para esta quarta-feira, em Dortmund, entre a Inglaterra e os Países Baixos.
Depois de ter deixado pelo caminho Portugal, a França tinha legítimas aspirações de voltar a uma nova final do Campeonato da Europa, mas não funcionou como um coletivo e viveu sempre dos rasgos individuais da sua maior estrela, Mbapé. O futuro jogador do Real Madrid não teve, ainda assim, uma noite particularmente inspirada, ao ponto de resgatar a sua seleção do sufoco a que foi sujeita pelo opositor. Desta forma, a formação gaulesa perdeu pela segunda vez um jogo do Europeu depois de abrir o marcador, o que já havia acontecido em 2000, quando foi derrotada (3-2) pelos Países Baixos na fase de grupos.