«Frente ao Benfica não vamos meter o autocarro»

Ricardo Pessoa, treinador do Lusitânia dos Açores, garante que a sua equipa será atrevida no duelo da Taça de Portugal

Ricardo Pessoa, 41 anos, fez esta quinta-feira, em conferência de Imprensa, a antevisão do jogo com o Benfica da 3.ª eliminatória da Taça de Portugal. O duelo tem como palco a Ilha Terceira e a ambição, garante o treinador dos açorianos, será grande.

Sei que o Benfica não irá trazer algumas peças fulcrais, mas tenho certeza que o onze deles será composto por atletas de classe mundial

«Sabemos bem do impacto que este jogo está a despertar na ilha Terceira. É pena que o entusiamo seja apenas neste jogo, pois gostava que esta mesma euforia se alastrasse aos restantes jogos. Quanto ao embate, vamos querer mostrar as nossas potencialidades, que é o que aliás fazemos em todos os jogos independentemente do adversário. O grande teste que temos pela frente, será sermos competitivos perante um oponente extremamente forte. Sei que o Benfica não virá com alguns jogadores fulcrais, mas isso não mudará a nossa estratégia. Com todo o respeito por todas as equipas, nós temos uma ideia de jogo pré-definida, e não faz sentido alterar essa ideia por muito potencial que tenha o adversário; por isso desde já informo que não jogaremos com o autocarro à frente da baliza!», assegura Ricardo Pessoa.

E continua a transmitir sinais de entusiasmo para o que pode acontecer esta sexta-feira, frente ao Benfica. «É um jogo de futebol com 90 ou 120 minutos. Isto não é arrogância nenhuma, é apenas a nossa forma de estar. Sabemos que temos poucas possibilidades de vencer, mas dentro das nossas escassas chances iremos jogar da forma que estamos acostumados; ou seja, sem receios e olhos nos olhos. Jamais mudaria a estratégia para sujeitar os meus atletas a algo que não estão acostumados.»

Sobre as várias ausências no adversário, Ricardo Pessoa torce o nariz... «Sei que o Benfica não irá trazer algumas peças fulcrais, mas tenho certeza que o onze deles será composto por atletas de classe mundial, que estão acostumados a jogar nos grandes palcos. Estive atento à conferência de imprensa do mister Roger Schmidt e ele referiu 4 ou 5 nomes que não irão estar presentes, mas só no jogo teremos essas certezas. Seja como for, e como já sublinhei, não iremos alterar o nosso método de jogo. O Benfica é uma equipa coletivamente fortíssima, mas tudo iremos fazer para contrariar o natural favoritismo deles.»

«A minha equipa não tem nada 
a perder», lembra Ricardo Pessoa

O foco está na preparação do Lusitânia. «Os meus atletas estão entusiasmados e prontos para mostrarem as suas qualidades e também para explorarem os pontos fracos do nosso opositor. A minha equipa não tem nada a perder, bem pelo contrário, só tem a ganhar, pois irá ganhar calo e experiência perante um conjunto formado por jogadores de classe mundial. O historial da Taça de Portugal está cheio de surpresas, eu próprio já ganhei uma Taça de Portugal [representou V. Setúbal e Portimonense como jogador] e curiosamente num jogo em que surpreendentemente o Vitória de Setúbal venceu ao Benfica, em 2005, na final do Jamor. Também perdi muitos jogos na Taça em que teoricamente a minha equipa era a favorita.»