Frederico Varandas pressionado a deixar cair João Pereira
Rúben Amorim foi para Inglaterra e consigo, a avaliar pelo ciclo recente do leão, levou toda uma equipa. E os números, muitas vezes cruéis, não deixam margem para dúvida: o Sporting está numa crise em toda a linha (ver quadro em baixo). De um plantel alegre, demolidor e… invencível, a entrada de João Pereira gerou uma equipa desligada, frágil, marcada por derrotas e exibições cinzentas.
E se a margem de erro do leão, há pouco mais de duas semanas, era gigantesca, com os índices de confiança quase inabaláveis, tudo mudou e nesta fase qualquer deslize poderá ser fatal para as aspirações do leão que partiram para esta época com o objetivo do bicampeonato bem reforçado.
A permeabilidade evidenciada nos últimos três desaires (Arsenal, Santa Clara e Moreirense), quer ofensiva e defensivamente, fizeram soar o alarme em Alvalade que vai dando sinais claros de impaciência e apreensão na recuperação anímica da equipa. Os assobios e os lenços brancos, ainda no estádio, e a forma como a equipa foi recebida em Alvalade após o desaire em Moreira de Cónegos (ver página 5) é, aliás, prova dessa onda negativa que promete adensar-se (e tornar-se insustentável...) nos próximos dias caso a equipa continue a não responder em campo.
Três jogos depois (excluindo a goleada ao Amarante na Taça de Portugal) o cenário mudou e, sabe A BOLA, Frederico Varandas, presidente dos leões, tem sido cada vez mais pressionado, não só do seu circulo mais próximo como de alguns elementos da própria direção, para avançar com uma medida mais… drástica e inverter a aposta naquele que foi visto como natural sucessor de Amorim.
Algo que, para já, no imediato, segundo a A BOLA apurou, não está sequer a ser equacionado. Frederico Varandas está, isso sim, cada vez mais isolado na confiança dada ao treinador. E ainda tem esperança numa inversão de ciclo a começar já na deslocação à Bélgica, terça-feira, onde o Sporting medirá forças com o Club Brugge. Mas, para tal, é exigida resposta afirmativa da equipa, sobretudo após a goleada sobre o Arsenal. Caso contrário a margem de manobra ficará muito curta e o clima de insatisfação e de desconfiança poderá tornar-se insustentável para manter o técnico.
Mesmo perante os constantes apelos das pessoas mais próximas de Frederico Varandas para uma mudança de estratégia, o presidente leonino vai segurando o treinador e mantendo-se firme na sua ideia inicial. Mas o tempo urge e mais do que apresentar os níveis exibicionais de Ruben Amorim, o Sporting necessita de retomar o caminho das vitórias e o cenário poderá mesmo ser alterado se os leões continuarem a perder terreno sobretudo no campeonato, tendo em conta o exigente calendário dos leões até final do ano.