Fotos: Dani Alves será o último a depor no julgamento por agressão sexual
Antigo internacional brasileiro, que passou um ano em prisão preventiva, é acusado de ter violado uma mulher de 23 anos em dezembro de 2022
Arrancou esta segunda-feira, em Espanha, o julgamento de Dani Alves, antigo jogador de Barcelona, Juventus e PSG que está acusado de agressão sexual a uma mulher de 23 anos em dezembro de 2022.
Esta foi a primeira vez que o antigo jogador foi visto, depois de ter passado 13 meses em prisão preventiva, medida de coação mais grave.
O julgamento começou no Tribunal de Barcelona depois de falhado um acordo extra-judicial entre acusação e defesa, que, segundo o La Vanguardia, viu rejeitada proposta de admissão de culpa e indemnização muito superior aos €150 mil pedidos pela juíza de instrução.
A advogada do antigo jogador, Inés Guardiola, requereu a suspensão da audiência, mas o pedido foi rejeitado.
A defesa fez referência ao alegado estado de embriaguez de Dani Alves à data dos factos, lembrando que não foi realizado qualquer teste de alcoolemia. Sublinhe-se que a pena poderia ser reduzida caso se confirmasse que o jogador tinha consumido álcool.
A defesa considerou ainda que foi violado o direito fundamental à presunção de inocência, já que o antigo lateral-direito foi alvo de um «julgamento paralelo na comunicação social», que afetou o processo: «Foi apresentado como um agressor sexual. Destacaram os pormenores que o faziam parecer culpado e omitiram outros.»
Seria expectável que o ex-futebolista fosse o primeiro a depor, mas os seus representantes pediram que fosse o último, pedido que mereceu a oposição do advogado da vítima.
A juíza, por considerar justificado, aceitou o pedido da defesa para Dani Alves depor em último lugar e não nesta segunda-feira, como previsto. «É justificado que ele testemunhe com pleno conhecimento das provas», declarou. Alves prestará depoimento, portanto, na próxima quarta-feira, 7 de fevereiro, após ouvir todos os depoimentos.
Esta segunda-feira será a vítima a depor, com a identidade protegida: voz distorcida e atrás de um biombo.
O Ministério Público, recorde-se, exige uma pena de 9 anos de prisão, enquanto a acusação pede 12 anos.
(em atualização - notícia originalmente publicada às 11.05 horas)