Brasil Flamengo, de Vítor Pereira, em busca da redenção

O Flamengo enfrenta na próxima madrugada - 0.30 horas, em Portugal Continental - o Independiente del Valle, em Quito, na primeira mão da Supertaça Sul-Americana, para tentar levantar o primeiro troféu da época e amenizar as deceções que o modesto terceiro lugar no Mundial de Clubes e a derrota na Supertaça brasileira, para o Palmeiras, causaram na Gávea. Mas Vítor Pereira precisa de montar a equipa sem Gerson, lesionado. E superar os sempre intimidadores 2850 metros de altitude.

«Vamos levar os melhores e competir independentemente das condições», garantiu o treinador português. Mas a ausência de Gerson, somada às de Léo Pereira, Filipe Luís, Hugo e Marinho, é mesmo um quebra-cabeças para o treinador, que procurava nos últimos jogos usar três médios de contenção para reequilibrar uma equipa com demasiado apelo ofensivo - em Volta Redonda, frente à sensação do Cariocão, usou o trio Thiago Maia-Vidal-Gerson atrás de Arrascaeta, Pedro e Gabigol, sacrificando Éverton Ribeiro.

Sem Gerson, o português terá de decidir se coloca Éverton Ribeiro, voltando aos quatro criativos na frente, ou o substitui por Pulgar - lançado na meia-final do Mundial de Clubes, frente ao Al Hilal, após a expulsão do ex-jogador do Marselha, com resultados desastrosos. O treino de ontem, já no Equador, foi à porta fechada e não houve contactos com a imprensa, pelo que não ficaram pistas sobre as ideias de Vítor Pereira.

A verdade é que o duelo de hoje, a repetição da final de 2020, quando o Fla de Jorge Jesus bateu o Del Valle por 5-2 na soma das duas mãos, é visto como fundamental pelos brasileiros, ao ponto do festeiro Gabigol ter escrito nas redes sociais «longe dos perigos noturnos», em pleno sábado de carnaval.

Se o Fla já vive um carrossel de emoções em 2023, o Independiente Del Valle, pelo contrário, só disputou um jogo - mas ganhou logo um troféu, a Supertaça do seu país, sobre o Aucas, por 3-0.

Depois de quatro anos sob o comando de treinadores europeus, Miguel Ángel Ramírez, primeiro, e Renato Paiva, depois, volta a apostar num estrangeiro mas, desta vez, sul-americano, o argentino Martín Anselmi, ex-adjunto de Ramírez nos Negriazules.

Um compatriota, o argentino Pellerano, 41 anos, mais velho até que o seu treinador, é um dos líderes da equipa e o capitão. Alcívar, ex-Charlotte, e Sornoza são os jogadores mais destacados dos equatorianos.

A segunda mão está marcada para a madrugada de 28 para 1 de março, no Maracanã.