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30 novembro 2023, 16:04
Aos 38 anos, Filipe Luís vai pendurar as chuteiras
Lateral-esquerdo do Flamengo vai ser homenageado no domingo, no último jogo no Maracanã; Rodrigo Caio, que está em fim de contrato e não irá renovar, também se despede
Jorge Jesus no Flamengo (Imago)
Filipe Luís sobre Jorge Jesus: «É o treinador perfeito»
O brasileiro vai terminar a carreira e recorda o período em que foi treinado pelo técnico português
Aos 38 anos, Filipe Luís decidiu pendurar as chuteiras e vai fazer o seu último jogo pelo Flamengo, esta quarta-feira. O lateral-esquerdo esteve na FlaTV, onde vários antigos treinadores seus mandaram mensagens de apreço pela carreira que teve, incluindo Jorge Jesus e Diego Simeone.
De forma a agradecer, Filipe Luís falou sobre o técnico português, que considera ser o treinador perfeito: «É uma das pessoas mais especiais que conheço. Para mim foi o diferencial daquela equipa (em 2019), o líder, o capitão do barco, que tomava as decisões e fazia a equipa crescer. O treinador do futebol total, o treinador perfeito.»
Para o ex-Atlético Madrid, nem tudo foi um mar de rosas, mas mesmo assim não teve motivos de queixas, até pelo contrário: «Tivemos inúmeras discussões, mas nunca levou para o coração, colocou sempre o Flamengo acima de tudo. O jogador, quando é confrontado, às vezes perde o caminho. E para ele não havia problema, não tinha o ego de dizer: não jogas mais comigo. Eu pensei que, com 15 anos de Europa, ia lá para o Brasil ensinar, mas o que eu fiz foi aprender com Jorge Jesus. Falo sempre com ele, alguma dúvida tática, se estou triste com algo, ligo para ele e falamos durante horas.»
O jogador e o treinador juntaram-se ao Flamengo na mesma altura, durante o verão de 2019, e no primeiro (e único) ano juntos, venceram quatro troféus: a Libertadores, o Brasileirão, a Supercopa do Brasil e a Recopa Sudamericana.
Por fim, o jogador não se esqueceu do técnico com quem mais tempo partilhou o balneário e a razão pela qual se quer tornar treinador: «O Simeone é a pessoa mais importante da minha carreira. Ele mudou a minha mentalidade, a minha forma de ser, em querer aprender e escutar, para ser um melhor jogador e uma melhor pessoa. Ele ensina como ter o pensamento de campeão, de vencedor, e isso não é fácil, são oito anos com ele, que te deixa sempre motivado. Ele já está há 12 anos no clube e continua a ganhar. Não existem coincidências no futebol. Estou muito agradecido a ele, tivemos muitas discussões, obviamente que como treinador acabamos por discutir por um ponto ou outro, mas como pessoa…”»
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