- Último jogo do ano em casa, com uma vitória perante mais de 60 mil adeptos. A equipa sentiu o ambiente e quis dar este resultado? - Sim, era o nosso objetivo vencer, com golos, voltámos a marcar três golos, vamos cumprindo a nossa média de golos. Criámos muito boas oportunidades. Acho que foi um jogo equilibrado de início, o Estoril teve uma boa entrada. Posso dizer que nos surpreendeu um pouco o posicionamento de dois jogadores: Hélder Costa e Fabrício muito encostados ao corredor e depois com uma linha defensiva cerrada, de cinco homens, mais com dois médios e três na frente, não nos deixaram espaços. Acho que a equipa foi inteligente naquilo que tinha de fazer, de trocar, de controlar o jogo. Tivemos mudanças de corredor muito interessantes que nos deu para criar as nossas oportunidades. Vamos crescendo a cada jogo, os golos chegarão com alguma naturalidade, por isso, quando olhamos para o jogo estamos felizes, porque vencemos o último jogo em casa. Mais um jogo sem sofrer golos, os dois pontas de lança entraram a marcar, penso que foi uma vitória justa, três pontos mais do que merecidos para nós. - O Benfica consegue a liderança e o próximo será em Alvalade. O Sporting está a trocar de treinador, você já passou por isso, como vê essa situação? - Terei todo o gosto em responder quando as coisas forem oficiais, agora é prematuro dizer o que quer que seja. O mais importante foi termos cumprido esse objetivco mais cedo do que previsto, em nove jogos a equipa conseguiu oito vitórias e um empate. - O próximo adversário, mudando de treinador, que é praticamente certo, não sabe o que é que o espera. - Meste momento não espero nada. Termino agora aqui o jogo e até aproveito a pergunta para dizer que trabalhamos sempre a três jogos, ou seja, eu e o staff mais próximo que está no banco estamos concentrados naquilo que é o jogo atual, a minha equipa de analistas está a preparar o Sporting, depois da conferência é que vão entregar todo o material, depois entra a parte dos analistas, que estão a trabalhar o jogo seguinte, com o SC Braga. É assim que trabalhamos, por isso, neste momento, não tenho informações nenhumas, ou seja, tenho a informação que o Sporting, normalmente, nos últimos anos, tem jogado com linha de cinco, independentemente de quem joga a central ou laerais. Agora é descansar, aproveitar estes dois dias de descanso para celebrar o Natal e dia 26 preparamos o Sporting. - Nessa preparação a três jogos vai recomendar aos analistas o jogo aqui, na 11.ª jornada, contra o V. Guimarães? O que significa estar na liderança do ponto de vista psicológico e anímico? - Dá-nos mais motivação para continuar a trabalhar, tínhamos isso como objetivo, passado um mês, vi que era momento certo de nos assumirmos, eu e os jogadores, em função do calendário, chegar ao segundo lugar e encurtar distâncias para o primeiro, mas o mais importante é o que vem daqui para a frente. Foi difícil chegar aqui, é mérito total dos jogadores, temos de trabalhar muito para manter esta posição, temos de estar preparados para tudo, o que nos alimenta é estar terminar em primeiro lugar. - Fez duas alterações, deixou Otamendi e Florentino no banco? Foi por opção ou prepara alguma surpresa para o próximo jogo? - O objetivo era surpreender o Estoril, temos feito onzes diferentes, mas muitas vezes jogamos com os mesmos jogadores, mas nem sempre nas mesnas posições. A qualidade que temos ao nosso serviço deixa-nos ter esta dinâmica para criar posicionamentos para o jogo. Queríamos surpreender o Estoril, depois ter dois jogadores com qualidade do Arturkoglu e Di María para receber entrelinhas. - O que significa passa o Natal na liderança? - Sentimo-nos felizes por hoje, mas o que nos alimenta é o que acontece no final do campeonato. - O presidente Rui Costa disse que o objetivo era terminar em primeiro no Natal, já falou com ele? - Digo aqui o que disse aos jogadores: o nosso objetivo é o Natal, é a passagem de ano, é o Carnaval, é a Páscoa, mas no final é que é importante. Conseguimos chegar ao primeiro lugar mais cedo do que eventualmente estavámos à espera, os jogadores venceram todos os jogos, excepto com o Aves, neste momento estamos felizes, mas o importante é chegar ao fim em primeiro lugar. - Que impacto teve aas mudanças de sistema e inversão do triângulo? - O nosso objetivo era manter os dois laterais bem abertos, ou seja, de uma forma assimétrica, o Bah e o Beste bem abertos e depois Di María e o Arturkoglu por dentro. Quando se olha para a equipa pode-se entender que jogámos com dois-um, mas a nossa intenção, pela nossa dinâmica, era fazer um quadrado e ir àquilo que é o ADN dos jogadores. Nós somos muito fortes a jogar de forma vertical, está no sangue, na esquerda, o sangue turco é quente, na direita temos o Bah, que é um cavalo de corrida, o Di María também gosta de acelerar o jogo e nós aproveitamos isso. Ainda não temos tempo de trabalho para a equipa poder jogar a velocidades diferentes, mas, por vezes, vamos fazer tudo isso já com tranquilidade, como foi praticamente a segunda parte com o Nacional, onde jogámos o jogo muito bem.