14 julho 2024, 19:33
FC Porto passa controlo financeiro da UEFA
SAD conseguiu honrar compromissos e já enviou comprovativos na passada sexta-feira para o organismo
Nova emissão de obrigações em abril de 2025, de €50 milhões, serve para a SAD refinanciar-se com o mesmo valor das Obrigações 2021-2023 que vence nesse mês. Administração quer garantir mais €40 milhões e procura acordos vantajosos com a banca internacional que façam descer o esforço da dívida
O FC Porto vai avançar com um empréstimo obrigacionista de €50 milhões em abril de 2025 para refinanciar-se com o mesmo valor que vence naquela data, referente à operação de emissão de Obrigações 2021-2023. Um movimento financeiro normal nos clubes grandes e que faz parte do plano estratégico da SAD para ganhar liquidez, aliviar o peso do juro da dívida e cumprir as suas obrigações junto dos credores, afastando o risco de penalizações por parte da UEFA. O objetivo global da gestão de André Villas-Boas é atingir pelo menos os €80 milhões, mas não é líquido, como foi noticiado na semana passada, que os azuis e brancos estejam a preparar o maior empréstimo obrigacionista da história do futebol português.
Tudo dependerá do desfecho das negociações em curso com a banca internacional, de que André Villas-Boas foi dando conta nos últimos meses, dedicando mesmo algumas linhas sobre o tema no editorial da Revista Dragões: «Muito progredimos no ataque às nossas prioridades, dando importantes passos em termos financeiros, de gestão, de recuperação da nossa reputação e de reforço do nosso património. A renegociação da nossa dívida junto de prestigiadas instituições financeiras internacionais tem seguido passos seguros e em breve não estaremos tão condicionados por esta teia que nos amarrava e que colocava em risco a nossa participação em competições internacionais e sobretudo hipotecava o nosso futuro e as nossas ambições.»
14 julho 2024, 19:33
SAD conseguiu honrar compromissos e já enviou comprovativos na passada sexta-feira para o organismo
Em outubro, a SAD terá o plano financeiro concluído e nessa altura os sócios serão informados sobre os passos dados pela Administração para ganhar liquidez. Os azuis e brancos continuam sob supervisão da UEFA e haverá dois novos controlos da sustentabilidade financeira, um primeiro este mês e outro em dezembro. Comité de Controlo Financeiro da UEFA decidiu excluir o FC Porto por uma época das competições europeias, exclusão que ficou suspensa e só será efetivada caso o clube azul e branco não cumpra o ‘fair-play’ financeiro durante as épocas de 2025/26, 2026/27 e 2027 /28. Apesar desta ameaça, André Villas-Boas e a equipa financeira liderada por Pereira da Costa conseguiram apagar vários fogos que permitiram ao FC Porto passar no controlo do Comité Financeiro da UEFA, em julho passado.
14 junho 2024, 07:29
Administração liderada por Pinto da Costa recebeu mais cedo tranche do Al-Nassr; dinheiro entrou nos cofres antes das eleições para pagar despesas correntes, salários, impostos e a clubes por transferências de alguns futebolistas
Os dragões cumpriram no último trimestre os pressupostos que constam do Regulamento de Licenciamento de Clubes e Sustentabilidade Financeira da UEFA. Na prática, foram cumpridos escrupulosamente os overdue payables– atrasos no pagamento dos salários, dívidas vencidas às autoridades fiscais, à Segurança Social e a clubes. Mas ainda há muito trabalho pela frente.
Quando assumiu a SAD, Villas-Boas deparou-se com um quadro gravíssimo. As dívidas a clubes e agentes ascendiam a quase €90 milhões e a anterior administração antecipara a segunda tranche de €19 milhões da transferência de Otávio para o Al Nassr. Ao mesmo tempo, o Boca Juniors reclamou a parcela de €3 milhões da contratação de Alan Varela. Estes e outros problemas foram resolvidos com diplomacia, ao mesmo tempo que foi melhorado o acordo com a Ithaka: o FC Porto manteve a percentagem na Porto Stadco (70%) e aumentou em até €35 milhões o valor a receber, que poderá atingir €100 milhões se cumpridas determinadas métricas de EBITDA nos exercícios financeiros de 2025/26 e 2026/27. No imediato, esse valor passa de €40 para €50 milhões.
1 agosto 2024, 20:05
Novo contrato para a exploração comercial do Estádio do Dragão pode chegar aos 100 milhões de euros
No mercado de transferências, o FC Porto foi cirúrgico nas aquisições, contratando em definitivo Francisco Moura (€5 M), Deniz Gul (4,5 M) e Samu Omorodion (€15M), garantindo, por outro lado, as cedência de Nehuén Pérez (€4.5 M + €13,5 M cláusula de opção de compra), Fábio Vieira e Tiago Djaló, estes dois sem opção de compra.
As vendas mais significativas foram as de Evanilson para o Bournemouth, por €37 M num negócio que pode chegar aos €47 M, de David Carmo ao Nottingham Forest, por €11 milhões mais €4 em objetivos, e Toni Martínez, por €2 M, mais €2,025 mediante concretização de objetivos desportivos. Outro encaixe importante foi o empréstimo de Francisco Conceição à Juventus, que rendeu €10 M. A cedência de Fábio Cardoso ao Al Ain permitiu a entrada de €1M (opção de compra de €1,2 milhões) e a de Romário Baró ao Basileia €150 mil (mais €350 mil em objetivos).