Dragões recebem o Benfica a nove pontos da liderança
O slogan, introduzido na campanha eleitoral pelo Bloco de Esquerda, até motivou queixas de «apropriação indevida» por parte do músico Pedro Abrunhosa, mas pode ser aplicado à candidatura do FC Porto.
A nove pontos da liderança, os dragões teriam de contrariar todas as projeções para chegar ao título, protagonizando uma das maiores recuperações do futebol português. Talvez a maior de sempre, na verdade. Até porque, desde que a vitória vale três pontos, nenhuma equipa conseguiu recuperar de uma desvantagem tão larga, ainda para mais numa fase muito adiantada da prova.
A época 2019/20 pode servir de inspiração, mas aí o ponto máximo do atraso da equipa de Sérgio Conceição foi de sete pontos, à 19.ª jornada, ainda a tempo de conseguir um milagre perante o Benfica de Bruno Lage (e depois de Nélson Veríssimo). É certo que os últimos anos têm sido ricos em recuperações espantosas, mas nunca acima dos sete pontos. Foi esse o registo superado pelo Benfica em 2015/16 e em 2018/19, mas também pelo Sporting em 1999/2000.
Recuperar nove pontos de atraso superaria até o campeão 2000/01, Boavista, que chegou a estar a oito pontos do primeiro lugar. Mas o FC Porto pode procurar sustento moral na temporada 1958/59, em que assegurou o título ao contornar também oito pontos de atraso, mas à 10.ª jornada, embora numa altura em que os triunfos ainda só valiam dois pontos. Também nesse contexto, mas na década de 70 do século passado, o Benfica foi campeão em duas épocas em que chegou a ter 10 pontos de desvantagem (1970/71 e 1976/77).
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