FC Porto: Samuel Portugal soma 500 dias sem competição

Brasileiro voltou a ir ao banco, por doença de Cláudio Ramos; se fosse aposta inicial de Sérgio Conceição teria, na Amoreira, quebrado longo jejum; A vida difícil do terceiro guardião portista

As hipóteses de Samuel Portugal ir a jogo frente ao Estoril, na Taça de Portugal, eram remotas. Se tivesse acontecido, o guarda-redes teria, na data do compromisso com os canarinhos, regressado à competição após 500 dias sem jogar. Foi opção para o banco, como aconteceu no Bessa, no dérbi tripeiro, aproveitando o estado febril de Cláudio Ramos que reteve o companheiro em casa.

Oficializado como reforço do FC Porto a 1 de setembro de 2022, o brasileiro tem vivido permanentemente na sombra de Diogo Costa, o titular, e de Cláudio Ramos, que defende a baliza do FC Porto nas taças. Desde a apresentação até ao momento, o guarda-redes, de 29 anos, não disputou qualquer jogo, nem pela equipa principal, nem pela B, onde o espaço está reservado aos mais novos, no caso, a Francisco Meixedo. 

Samuel Portugal assinou contrato até 2027, proveniente do Portimonense, onde se exibiu em grande nível entre 2020 e 2022. Os portistas pagaram €2,5 milhões por 55 por cento do passe, indo ao mercado reforçar a baliza quando Marchesín partiu com destino ao Celta de Vigo. 

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Na altura, a sua contratação gerou alguma confusão em Pinto da Costa, que afirmara que o brasileiro custara €1 milhão por 20 por cento do passe. O Relatório e Contas da SAD dissipou a dúvida sobre o investimento no guardião. Com concorrência de peso, Samuel tinha a noção das barreiras que ia enfrentar, as mesmas que o impedem de saltar de hierarquia, passados quase 17 meses. 

O último jogo oficial aconteceu ao serviço do Portimonense, numa vitória fora por 1-0 sobre o Marítimo, a 27 de agosto de 2022. No primeiro ano esteve sete vezes no banco e foi inscrito na Liga dos Campeões. Na edição deste ano da milionária competição da UEFA ficou fora da lista, por excesso de estrangeiros. As aparições no banco foram tornando-se progressivamente mais raras: esta época foram três: no Estoril, no Bessa, e antes do dérbi na partida da 2.ª jornada da Liga, contra o Farense, onde também estava Cláudio Ramos. Basicamente para compor o banco. 

Cláudio Ramos passou por um período de abstinência na sua primeira temporada no FC Porto, mas teve oportunidade de jogar por quatro vezes na equipa B. Aos poucos, foi ganhando créditos e subiu na hierarquia depois da saída de Marchesín. O mesmo poderá acontecer no futuro a Samuel Portugal, atendendo à cobiça de Diogo Costa gera. Mas a espera promete ser longa e dura para o brasileiro. Parecia haver uma janela de oportunidade quando os dragões receberam o Leixões na Taça da Liga, num jogo que não mudava o destino da equipa na competição. Mas nem aí Samuel foi chamado.