FC Porto: Eustáquio não dá uma batalha por perdida

Sempre que parece perder espaço, médio aparece em bom plano. Saltou do banco e foi importante na Supertaça, tendo recuperado a titularidade diante do Gil Vicente. Posição 8 em disputa com Vasco Sousa, com Grujic na porta de saída.

Depois de um verão praticamente sem descanso, após a participação na Copa América pelo Canadá, Stephen Eustáquio começou a pré-época no FC Porto tardiamente, foi «aconselhado» pelo selecionador Jesse Marsch a procurar um clube onde jogasse mais minutos, arrancou a temporada como suplente na Supertaça, e finalmente foi titular para a Liga.

Diante do Sporting (4-3), em Aveiro, uma boa entrada em campo, aos 63 minutos, contribuiu para a recuperação verdadeiramente épica dos azuis e brancos e garantiu a titularidade do centro-campista na ronda inaugural do campeonato, ante o Gil Vicente, relegando Marko Grujic para o banco de suplentes.

Se, antes do início da época, havia indícios de que a passagem de Eustáquio pelo Dragão poderia estar a chegar ao fim, duas épocas e meia depois, é agora mais claro que, na ótica de Vítor Bruno, será o médio de 27 anos a batalhar por uma vaga no onze com Vasco Sousa e não Grujic, que, ao que tudo indica, vai rumar a outras paragens ainda neste defeso.

Não é a primeira vez que Eustáquio aparece em grande plano depois de ser dado como ator secundário nos portistas. Com Sérgio Conceição ao leme dos destinos do FC Porto, o internacional canadiano também teve fases em que «desapareceu» da equipa, mas na verdade registou 84 jogos apenas nas duas últimas temporadas de dragão ao peito.

De regresso ao seu habitat

A resiliência do médio, que diz sempre «presente» independentemente do estatuto de titular ou suplente, já havia sido demonstrada após o infortúnio no México. Pouco depois de ter sido contratado pelo Cruz Azul ao Chaves em 2019, recorde-se, lesionou-se com muita gravidade ao segundo jogo, tendo sofrido uma rotura no ligamento cruzado do joelho esquerdo. Após vários meses de recuperação, regressou ao campeonato português, para representar o Paços de Ferreira, recuperou todas as suas qualidades, evoluiu e chegou ao FC Porto no mercado de janeiro de 2022, a troco de 3,5 milhões de euros.

Desde então, apesar de nem sempre ser aposta firme no onze titular, tem sido uma peça importante nas conquistas recentes dos azuis e brancos. Agora sob a égide de Vítor Bruno, parece ter ganho nova vida, até pelas diferentes nuances táticas no sistema utilizado pelo novo timoneiro portista.

Se, antes, formava dupla com Alan Varela no miolo mais recuado, agora surge um pouco mais solto à frente do argentino, integrando um trio ao qual ainda pertence Nico González.

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