FC Porto: assalto ao topo da Liga para aliviar as feridas

Terceira derrota em clássicos trouxe frustração aos dragões porque em causa estava a conquista de um troféu. Foco nos 75 minutos que faltam jogar contra o Nacional porque uma vitória vale liderança isolada do campeonato

O terceiro clássico consecutivo perdido pelo FC Porto trouxe a frustração de mais um objetivo que escapou aos dragões: a Taça da Liga. Esta eliminação surgiu após a saída precoce na 4.ª eliminatória da Taça de Portugal, frente ao Moreirense. Vítor Bruno não perdeu tempo e reuniu esta quarta-feira a equipa no Olival, focando-se na principal meta da época – o campeonato. O jogo em atraso com o Nacional, agendado para este domingo, às 15h30, depois de acordo entre clubes, é determinante, uma vez que a vitória permitirá ao FC Porto assumir a liderança isolada da competição.

Iniciar a segunda volta da Liga no 1.º lugar, ultrapassando um Sporting que venceu os dragões na meia-final da Taça da Liga com golo solitário de Gyokeres, é crucial para aliviar algumas das feridas ainda abertas na equipa, cuja resposta nos jogos de maior responsabilidade e peso emocional não tem sido a mais desejada pelo treinador.

Por outro lado, um eventual deslize contra o Nacional, nos 75 minutos que restam jogar após a interrupção causada pelo nevoeiro na Choupana, na 17.ª jornada, poderia gerar novas dúvidas internas e reacender as vozes críticas, que se fizeram ouvir durante o ciclo em que o FC Porto esteve quatro jogos sem vencer (três derrotas frente a Lazio, Benfica e Moreirense, e um empate com o Anderlecht). Apesar disso, antes do desaire por 1-0 frente ao Sporting, a equipa deu sinais de retoma com vitórias frente ao Midtjylland, Estrela da Amadora, Moreirense e Boavista sem sofrer qualquer golo e com um registo ofensiva de monta, com 11 tentos apontados

Menos fogo nas alas

O clássico com o Sporting não serve como referência para mudanças estruturais na equipa, uma vez que no Estádio da Madeira o onze portista terá de ser  necessariamente o mesmo no reatamento do jogo, como estipulam as regras neste tipo de situações.

O treinador poderá, isso, sim, alterar a composição do banco de suplentes. Nico González está, como se sabe, ausente devido a castigo, e foi rendido por Alan Varela e Rodrigo Mora jogará condicionado por um cartão amarelo mostrado logo aos 5 minutos. Ainda assim, Vítor Bruno poderá retirar ilações importantes do clássico, como a evidente falta de intensidade nas alas, onde Pepê e Franco estiveram muito abaixo do nível exigido.

Mesmo os primeiros 14  minutos no Estádio da Madeira tiveram a sua história, com uma entrada forte do conjunto de Tiago Margarido, portanto todos estes aspetos serão avaliados na tranquilidade do Olival. Com a eliminação do FC Porto da meia-final da Taça da Liga, o calendário da equipa ficou menos denso, ainda que temporariamente, porque depois da partida com o Nacional inicia-se novo ciclo de compromissos para a Liga e Liga Europa. Ainda assim, a saída da prova permitiu encontrar uma data e horas mais compatíveis para concluir o desafio.