FC Porto: as vendas que podem compensar a Champions
Falhar a Champions obriga SAD a vender ativos; cinco nomes do plantel com muito mercado na Europa; futura Direção terá de obter receitas para cobrir o rombo pelo facto de a equipa não conseguir ficar nos dois primeiros lugares
Não obstante os negócios em marcha conduzidos pela atual Administração da SAD, um dos quais com a empresa Legends, que permitirá um encaixe financeiro na ordem dos 60 a 70 milhões de euros, o FC Porto está obrigado a vender alguns dos seus principais ativos no verão que se aproxima, tendo em conta o rombo que sofrerá nas contas pela não participação na próxima edição da Champions.
Se nos anos anteriores, em que os dragões marcaram sempre presença na prova mais importante sob a égide da UEFA, o FC Porto teve sempre de prescindir de alguns dos seus principais ativos para equilibrar as finanças, torna-se ainda mais imperioso fazê-lo no final da presente temporada. As eleições estão à porta e os dois candidatos mais fortes, Pinto da Costa e André Villas-Boas, já reconheceram que é necessário vender algumas das joias da coroa para fazer face ao dinheiro que não entrará nas contas por via da Champions. Para minimizar danos, a equipa de Sérgio Conceição terá obrigatoriamente de se qualificar para a fase de grupos da Liga Europa, quer seja por via do terceiro lugar ou, em alternativa, pela conquista da Taça de Portugal.
De entre um vasto leque de jogadores, há cinco — ou seis, sendo que Francisco Conceição terá de ser recomprado ao Ajax pelo dobro do valor que foi vendido aos neerlandeses — e à cabeça surge o guarda-redes Diogo Costa, que tem uma cláusula de rescisão de 74 milhões de euros e que pode ainda ser bastante valorizado pelo que vier a fazer no Campeonato da Europa da Alemanha.
Alan Varela, que chegou no último defeso, já tem sido associado a vários clubes da Premier League e no último FC Porto-V. Guimarães motivou mesmo a presença de um emissário do Liverpool no Estádio do Dragão. Pepê também tem sido seguido nas duas últimas temporadas por clubes ingleses — Tottenham e Arsenal — e o brasileiro viu também a sua cotação a partir do momento em que se tornou internacional canarinho. Tem uma cláusula de 75 milhões, montante que impediu que saísse já no passado para a Premier League, ele que também agrada bastante aos responsáveis do Barcelona.
Também na mó de cima encontra-se Galeno, um dos mais recentes internacionais brasileiros, que fez uma excelente campanha na Champions, com golos de belo efeito, tal como aquele que apontou ao Arsenal nos instantes finais da partida disputada na cidade Invicta. O extremo azul e branco já foi associado a várias equipas britânicas e o futebol inglês agrada sobremaneira ao futebolista dos dragões.
Evanilson, o melhor marcador dos portistas em 2023/2024, também sabe que o seu representante, Márcio Barros, tem recebido sondagens de alguns clubes, mas a sua cláusula de rescisão, a mais alta do plantel do FC Porto — 100 milhões de euros — pode torna-se um obstáculo à sua saída.
Além deste quinteto e de Francisco Conceição, também Wendell está igualmente bastante valorizado, tendo em conta a recente chamada ao escrete canarinho. Nomes fortes do plantel azul e branco que estão na montra para venda, mas caberá ao vencedor das próximas eleições, Pinto da Costa ou André Villas-Boas, decidir qualquer negócio no próximo verão. Uma coisa é certa: há vendas que se vão concretizar.