FC Porto: ansiedade na Amoreira
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O MISTER DE A BOLA FC Porto: ansiedade na Amoreira

NACIONAL31.03.202418:37

Análise de João Prates: dragões mostraram impaciência; destaque para a organização do Estoril

Expectativas

Previa-se um jogo intenso na luta pelos três pontos, Estoril para garantir a manutenção, FC Porto para continuar a sonhar com o título.

Disposições comportamentais

FC Porto a repetir o mesmo onze utilizado na jornada anterior e a entrar dominador no jogo, o Estoril veio para jogar um jogo de paciência, numa missão defensiva em bloco baixo, num sistema táctico 1x5x4x1 sem bola, que visou retirar a profundidade e a largura ao jogo do FC Porto, não permitindo jogo interior nem sobreposições nos corredores laterais e transformava-se num 1xx3x4x3 quando recuperava a bola e tentava chegar rapidamente à baliza do FC Porto e foi assim que aos sete minutos criou a primeira grande oportunidade do jogo, valendo ao FC Porto a excelente intervenção de Diogo Costa.

O FC Porto assumia a responsabilidade do jogo, quase sempre num 1x2x4x4 com bola, com o quadrado na zona central Pepe, Otávio, Nico e Varela a assumirem a construção e ao mesmo tempo o equilíbrio do jogo do FC Porto, com Pepê por vezes a mover-se entre linha para criar situações de 3x2 na contra central onde o Estoril tinha apenas 2 médios. Foi um domínio avassalador em termos de posse, em que faltou apenas o golo ao FC Porto nesta primeira parte. Destaque para a excelente reação da equipa do FC Porto ao momento da perda de bola, muitas vezes recuperada junto à área do Estoril.

Do Céu ao Inferno

Segunda parte com os mesmos comportamentos, FC Porto na procura do golo, Estoril no seu jogo de paciência a fechar os espaços para a sua baliza e mais uma vez a criar a primeira grande oportunidade de golo após uma excelente condução de bola de Rodrigo Gomes que colocou Heriberto e Cassiano em excelente condição de fazer o golo. FC Porto continuava a dominar e numa das poucas vezes que conseguiu encontrar espaço e entrar nas costas da defensiva estorilista, vê um possível penálti a seu favor ser revertido após o arbitro visionar o lance no VAR.

Minutos decisivos

O penálti revertido mexeu com a concentração e num lance evitável, Otávio dá uma bola difícil a Diogo Costa, que recepciona mal e comete falta sobre Wagner Pina e vê o cartão vermelho, ficando o FC Porto reduzido a 10 elementos com 25 minutos para jogar. Na sequência do livre, Cassiano faz o golo que dá a vantagem ao Estoril.

Um novo jogo

Sérgio Conceição sacrificou Galeno e procurou mexer com as entradas de Iván Jaime, Jorge Sánchez, Eustáquio e Namaso, mas era o Estoril que agora aproveitava a vantagem numérica e o espaço dado pelos portistas para ameaçar novo golo. Perante um Estoril que continuava organizado defensivamente, linhas juntas e com a vantagem de um jogador a mais, o FC Porto mostrou ansiedade e impaciência e viu Francisco Conceição ser expulso. Bernardo Vital viu também o cartão vermelho, António Nobre deu 10 minutos de descontos mas foram mais as emoções que o futebol.

Destaque para a organização defensiva do Estoril, onde Bernardo Vital, central do meio, fez uma exibição irrepreensível que o cartão vermelho não apaga e para a transição ataque-defesa do FC Porto que abafou o Estoril.

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