Apesar da perda de várias peças importantes, famalicenses saíram do defeso com uma equipa mais equilibrada. Aposta em jovens talentos já a olhar para o futuro.
Após um arranque a todo o gás na Liga, com três triunfos nas três primeiras rondas do campeonato, o Famalicão sofreu, no domingo, o primeiro desaire da época, ao sair derrotado do D. Afonso Henriques (1-2), ante o Vitória de Guimarães, na quarta ronda.
Não obstante, o deslize em casa do rival minhoto, no dérbi, não belisca o percurso notável da turma de Armando Evangelista na presente campanha, ao qual muito se deve o trabalho da SAD famalicense no mercado de transferências, que agora encerrou.
O projeto de valorização de ativos que é praticado em Famalicão desde que o clube regressou ao convívio com os grandes do futebol nacional, em 2019, voltou a dar frutos no defeso que agora fechou.
As vendas lucrativas de Luiz Júnior (Villarreal), Francisco Moura (FC Porto), Puma Rodríguez (Estrela Vermelha) e Jhonder Cádiz (Club Léon), figuras importantes na temporada transata, renderam cerca de 23 milhões de euros aos cofres da SAD.
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No sentido inverso, uma abordagem cirúrgica ao mercado, com várias contratações a custo zero ou de baixo custo, permitiu ao emblema minhoto fortalecer o plantel e colmatar as lacunas identificadas por Armando Evangelista.
Lazar Carevic foi recrutado aos sérvios do Vojvodina para defender a baliza, enquanto Rafa Soares, Lucas Calegari, Léo Realpe e Rodrigo Pinheiro chegaram para reforçar uma defesa praticamente nova.
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No miolo, o maior reforço é Gustavo Sá, que continua em Famalicão apesar do assédio de alguns clubes no mercado. Tom van de Looi, médio neerlandês ex-Brescia, oferece mais uma opção no centro do terreno.
Muitas caras novas constituem uma frente de ataque remodelada, com as aquisições de Sorriso, Gil Dias, Rochinha, Zabiri e Mario González. Um vasto leque de opções ofensivas para o timoneiro dos famalicenses trabalhar ao longo da temporada.