«Estrela? Sinceramente, acho que foi a melhor opção que fiz»
Filipe Martins (à direita), concentrado no banco de suplentes em jogo pela Liga de futebol. Copyright: Maciej Rogowski/Imago.
Foto: IMAGO

Entrevista «Estrela? Sinceramente, acho que foi a melhor opção que fiz»

NACIONAL17.07.202412:00

A A BOLA, Filipe Martins reconheceu ter tido outros convites no decorrer da época transata, mas considerou mais precavido «não se expor»; acredita ter feito a escolha certa ao enveredar pelos tricolores

O Estrela proporcionou a Filipe Martins o seu regresso ao ativo mais de meio ano após ter deixado o Casa Pia, do qual saiu pouco depois de até ter conseguido empatar (1-1) no Estádio da Luz frente ao Benfica. Sobre a saída, o treinador frisa que não tem diretamente que ver com resultados desportivos.

«Eu saí do Casa Pia dentro do que eram os objetivos de manutenção, dentro do que me foi proposto, com algumas coisas que até então não tinham acontecido, como empatar em casa de um grande. Esse é também um dos exemplos, mas a equipa também estava em 1.º lugar no seu grupo na Taça da Liga e depois acabou por ficar em segundo, por mérito, do SC Braga, e dentro da Taça de Portugal», analisou, de forma clínica.

Filipe Martins acrescenta ainda um dado...e uma conclusão. «Mais a nível específico, até éramos a única equipa que ainda não tinha sofrido golos de bola parada na Liga…a minha saída do Casa Pia foi por tudo, menos por resultados, não teve nada que ver com isso», atestou.

Depois de mais de meio ano de paragem, o regresso e logo pela mão do seu Estrela, até porque um regresso antecipado, no decorrer da anterior época, incorria em riscos que considera desnecessários. «Não senti que houvesse a necessidade de me expor a um projeto de risco - ou não, mas este último campeonato foi muito sui generis, com muitas equipas que, até quase ao final do campeonato, poderiam ter descido de divisão. Não achei que fosse o passo certo e agradeci bastante por alguns dos convites, que mexeram um bocadinho comigo, mas senti que não tinha a necessidade, nem a urgência, de estar a dar passos em falso e esperei. Sinceramente, acho que foi a melhor opção que fiz», descreve o técnico, amplamente elogiado à chegada por todos os que rodeiam o Estrela, incluindo os seus antecessores. Uma satisfação...mas também uma responsabilidade.

«Tenho um legado de treinadores atrás de mim e há dois que são marcantes nesta nova era: o Rui Santos, que é um grande amigo e também daí as suas palavras tão elogiosas (risos) e o próprio Sérgio Vieira, que também considero uma pessoa minha amiga. Acima de tudo, seguir João Alves, Fernando Santos, Jorge Jesus…treinadores que marcaram a minha infância, dois deles ainda estão no campo e também sinto essa responsabilidade de estar com esta braçadeira no meu braço e no sítio onde vi esses monstros do futebol», completa, humilde, o treinador, que há pouco mais de duas semanas lidera os trabalhos de pré-época dos tricolores e confessa ainda estar a viver um sonho.

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