Estrela da Amadora – Rio Ave: Duelo visto como final, mas que nada decide…para já
Estádio José Gomes. Foto: RUI RAIMUNDO/ASF

ANTEVISÃO Estrela da Amadora – Rio Ave: Duelo visto como final, mas que nada decide…para já

NACIONAL14.04.202408:00

Amadorenses e vila-condenses protagonizam confronto direto no qual pretendem deixar mais para trás os seus concorrentes pelo título; visitantes partem com vantagem de dois pontos

Conforme o final da temporada se aproxima, duelos como o que terá lugar esta tarde na Reboleira, entre Estrela da Amadora e Rio Ave, são vistos de forma comum como finais. E será desta forma que os técnicos dos dois conjuntos, Sérgio Vieira e Luís Freire, encararão a partida…mas pela perspetiva positiva, de olhar para o prémio – leiam-se, três pontos – como um aliciante extremamente importante para quem luta, jornada após jornada, para permanecer no primeiro escalão.

Estrela da Amadora

O fator histórico transmite sensações pouco positivas para os tricolores, junto de quem não abona o histórico recente de quem não vencem este opositor há mais de década e meia, altura em que se despediu temporariamente do primeiro escalão para se reinventar e retornar ao convívio dos grandes precisamente no início da presente temporada. Antes da queda no abismo, porém, o Estrela derrotou o Rio Ave em janeiro de 2009 e graças a uma sociedade de Varelas.

Silvestre e Rui Varela uniram-se para um triunfo por 2-0 e, mais de 15 anos depois, o Estrela espera repetir esta partida e melhorar o seu registo no historial entre estes dois conjuntos, em que os vila-condenses venceram 15 de 29 embates. Na Reboleira, porém, o registo dos amadorenses melhora ligeiramente, com seis vitórias num total de 13 encontros. E para chegar ao sétimo triunfo caseiro, nono no acumulado de todas as partidas, Sérgio Vieira e seus pares esperam apresentar uma equipa bem trabalhada.

Será um Estrela da Amadora mais robusto nas suas opções aquele que irá receber o Rio Ave, contando já com os recuperados Rodrigo Pinho – que é inclusivamente candidato ao onze – e João Reis, que integrará uma acesa luta para ocupar a vaga deixada em aberto por Mansur, que foi expulso na jornada anterior, em Moreira de Cónegos, e por isso obrigará à utilização de um diferente ala esquerdo. E candidatos não faltam…

Sistema: 3x4x3

Onze provável: Bruno Brígido; Kialonda Gaspar, Miguel Lopes e Diogo Fonseca; Nanu, Léo Cordeiro, Leonel Bucca e Rúben Lima; Léo Jabá, André Luiz e Kikas.

Castigado: Mansur


Lesionados: Gustavo Henrique e André Dhominique.

Figura: Kikas. Foi distinguido como Melhor em Campo para a Liga de Clubes após ter marcado o golo que valeu a conquista de um ponto frente ao Moreirense, como corolário de uma excelente entrada em campo…e é aí que se distingue dos demais: partiu do banco de suplentes em metade das jornadas realizadas – 14 em 28 – e, ainda assim, é o melhor marcador da equipa, com seis golos marcados. Atravessa o melhor momento da época e, apesar de já contar com a concorrência de Rodrigo Pinho, pode justificar a entrada no onze.

O que disse Sérgio Vieira: «O Rio Ave é uma equipa que sabemos ser difícil por uma série de argumentos, quer pela sua estrutura, projeto, tempo de permanência do próprio Luís (Freire) à frente da equipa ou a qualidade do seu trabalho»

Rio Ave

Não haverá decisões neste jogo, independentemente de quem vencer, mas quem perder pode ficar em situação comprometedora visto que o Rio Ave ocupa o 12.º lugar e o Estrela posiciona-se em 15.º, com apenas menos dois pontos e logo acima do Portimonense, a equipa que ocupa o lugar de fronteira com a descida e que tem de realizar um sempre desaconselhável play-off de forma a eventualmente permanecer no escalão maior…

A perspetiva é, por isso que…nunca se sabe e o objetivo passará por estabelecer um diferencial de cinco pontos para o Estrela, tornando muito difícil a sua ultrapassagem. Algo que, a confirmar-se, pode tornar-se possível devido a uma segunda volta de altíssimo nível.

Deve lembrar-se que o Rio Ave apenas foi derrotado por uma vez na segunda volta do campeonato, frente ao Famalicão, e vive, por conseguinte, uma fase de muita confiança muito embora apresente algumas fragilidades na sua defesa em função das lesões de Miguel Nóbrega e Josué Sá. Duas baixas importantes, é certo, mas com as quais os vila-condenses têm conseguido viver.

Sistema: 3x4x3

Onze provável: Jhonatan Luiz, Patrick William, Aderllan Santos e Renato Pantalon; Costinha, Mateo Tanlongo, João Teixeira e Fábio Ronaldo; Joca, Umaro Embalo e Yakubu Aziz.

Lesionados: Josué Sá, Miguel Nóbrega e Amine Oudrhiri.

Figura: Costinha. Formado no clube, é também uma das suas mais-valias. Garante consistência ao flanco direito, mas também capacidade para subir no flanco e uma regularidade emocional altíssima, como o reflete a sua participação em…todas as jornadas, com 2510 minutos de utilização. Dependerá da sua influência um eventual sucesso em casa alheia e, aos 24 anos, é um dos valores seguros no campeonato para a sua posição e quem se cruzar com ele na ala terá certamente problemas.

O que disse Luís Freire: «O Estrela da Amadora joga num 5x4x1 e é uma equipa muito pressionante, física, intensa, bem orientada e bem organizada. Queremos melhorar contra estes adversários, que têm uma organização defensiva mais agressiva».