Estrela da Amadora: afirmação de André Luiz em marcha… e em teste

Atacante brasileiro cumpriu no Bessa a terceira titularidade consecutiva, algo que apenas havia conseguido por uma vez em toda a época; não tem, todavia, o lugar assegurado para a receção ao Farense, na segunda-feira

É com o grupo de trabalho blindado e com um departamento médico bem mais desanuviado que o Estrela da Amadora aborda a receção ao Farense, que dará por terminada a 31.ª jornada da Liga: apenas Diogo Fonseca, que já terminou a temporada e até foi chamado de regresso pelo clube de origem, o SC Braga, pela natureza da lesão que o afeta, e Gustavo Henrique estão de fora das opções para Sérgio Vieira. O ataque foi um dos setores revitalizados, com o regresso de Rodrigo Pinho…e caberá ao treinador escolher.

No setor mais adiantado, André Luiz tem sido uma constante, somando minutos com uma regularidade bem superior à da primeira volta da Liga, cimentando-se como uma opção consistente na equipa e inclusivamente a igualar a sua melhor sequência de jogos com a camisola dos tricolores. O atacante brasileiro cumpriu, na deslocação ao Bessa frente ao Boavista, a sua terceira titularidade consecutiva – completou inclusivamente os 90 minutos -, algo que apenas tinha conseguido por uma ocasião na presente temporada.

Somente no período compreendido entre os meses de dezembro e janeiro, nas jornada 15, 16 e 17, o brasileiro de 22 anos conseguiu arrancar três jogos consecutivos como escolha inicial…mas com menos minutos que no momento atual, já que em dois desses encontros, frente a Vizela e Gil Vicente, abandonou o encontro de forma precoce, mais concretamente ao intervalo e aos 53 minutos de jogo. Uma situação que não se verifica no presente, dado que na atual sequência André apenas foi substituído em uma das últimas três partidas realizadas.

O papel de André Luiz tem vindo a tornar-se cada vez mais relevante e a sua afirmação tem vindo a fazer-se em pleno, com o atacante a usar em seu proveito a mobilidade que lhe permite alinhar no eixo ou na alas ofensivas. Desta forma, exibiu-se sempre apto a competir e aproveitou as lesões dos pontas de lança Ronaldo Tavares e Rodrigo Pinho e momentos de desgaste dos extremos Régis N’Do e Léo Jabá para se impor como uma alternativa a ter em conta e agarrar o lugar.

Com 24 participações num total de 33 encontros realizados pela equipa, o atacante emprestado pelo Flamengo – que já confessou, em conferência de imprensa, desconhecer o seu futuro, não afastando inclusivamente a possibilidade de permanecer na Reboleira de forma definitiva, se Estrela e Mengão assim o acordarem - coloca agora uma boa dor de cabeça a Sérgio Vieira: todas as opções para o ataque, com exceção de Gustavo Henrique, estão agora aptas a competir.

Caberá à equipa técnica escolher de acordo com as características desejadas para o embate com os algarvios e o lugar que nas últimas três jornadas por André Luiz está, agora, em aberto apesar de o jovem atacante poder deter alguma vantagem. A concorrer com André Luiz surge Nanu, reforço de janeiro que desde a sua chegada tem dividido a sua utilização entre a ala direita e o lado direito do ataque, como extremo, Régis N’Do, um extremo mais puro, ou ainda a inclusão de um dos pontas de lança existentes no plantel, Ronaldo Tavares ou Rodrigo Pinho.

Caso a opção tática passe por esta última alternativa, tal faria com que Kikas, que tem merecido primazia para o eixo do ataque, pudesse derivar para uma das alas e juntar-se a Jabá no apoio à referência atacante. Uma dúvida que apenas se deve desfazer na segunda-feira, para dificultar a abordagem do adversário para uma partida muito importante de parte a parte: em caso de vitória, os algarvios podem selar, pelo menos, o play-off e evitar a despromoção direta, enquanto os tricolores também ficariam muito perto de o confirmar.