Estreia para Schmidt ou Amorim e os sobreviventes Rafa e Coates
Rúben Amorim e Roger Schmidt no jogo de Alvalade (IMAGO)

Estreia para Schmidt ou Amorim e os sobreviventes Rafa e Coates

NACIONAL01.04.202422:39

Treinadores alemão ou português estarão na final da Taça de Portugal como estreantes; águia e leão são os mais experientes no Jamor

Será a estreia na final de Taça de Portugal para um dos dois treinadores que hoje se defrontam, no Estádio da Luz, na segunda mão da meia-final (2-1 para o Sporting, em Alvalade): Roger Schmidt e Rúben Amorim. A 26 de maio de 2024, um deles estará no Jamor. Estreia absoluta para o alemão, caso elimine os leões; sexta vez para o português como treinador (7-1 à BSAD pelo SC Braga; 7-1 ao Sacavenense, 2-1 e 4-1à BSAD e 4-3 ao Casa Pia pelo Sporting), caso afaste as águias.

Ambos têm taças no currículo. O campeão nacional de 2022/2023 ganhou três como treinador: pelos austríacos do Red Bull Salzsburgo (4-2 ao St. Polten, a 18 de maio de 2014), pelos chineses do Beijing Guoan (1-1 em casa e 2-2 fora ao Shandong Luneng Taishan, a 25 de novembro de 2018) e pelos neerlandeses do PSV (2-1 ao Ajax, a 17 de abril de 2022). O português, mais modesto, venceu uma como jogador do Benfica (1-0 ao Rio Ave, a 18 de maio de 2014). E no Jamor, obviamente. Curioso: ambos ganharam a primeira taça a 18 de maio de 2014.

Roger Schmidt com a Taça da Áustria 2013/2014 (IMAGO)

A segunda mão, claro está, tal como a primeira, não se esgota em Schmidt e Amorim. Há jovens guarda-redes Trubin (22 anos) e Israel (23), centrais multifacetados como Gonçalo Inácio, Diomande, Coates, Eduardo Quaresma e St. Juste (total: 140 jogos, 13 golos) ou Otamendi, António Silva, Morato e Tomás Araújo (total: 134 jogos, 5 golos), médios-centro de alto rendimento João Neves (46 jogos), Florentino Luís (34), Morten Hjulmand (40) e Morita (29), extremos perigosíssimos como Nuno Santos (42 jogos, 6 golos), Geny Catamo (33/3), Di María (39/15) e Neres (27/4) e, sobretudo, os goleadores Viktor Giokeres (36 golos em 2023/2024) e Rafa Silva (18).

Rúben Amorim na final da Taça ganha pelo Benfica ao Rio Ave em 2013/2014 (A BOLA)

Será em redor destes homens, decerto, que será decidida a presença na final da Taça de Portugal 2023/2024. Há, entre eles, quem saiba bem o que é pisar o relvado do Jamor naquele dia tão especial. Rafa Silva é o mais experiente neste tipo de jogos. Já esteve em cinco finais. Ganhou duas (1-0 pelo Benfica ao V. Guimarães em 2016/2017 e 2-2 e 4-2 nos penáltis pelo SC Braga ao FC Porto em 2015/2016) e perdeu três (2-2 e 1-3 nos penáltis pelo SC Braga frente ao Sporting em 2014/2015, 1-2 com o FC Porto em 2019/2020 e 0-2 com o SC Braga em 2020/2021, ambas pelo Benfica).

Segue-se Sebastian Coates com uma vitória (1-1 e 5-4 nos penáltis em 2018/2019) e uma derrota (1-2 com o Aves em 2017/2018). Há depois mais seis jogadores com uma presença numa final. Ricardo Esgaio pelo SC Braga (2-0 com o Benfica em 2020/2021) e João Mário pelo Sporting (2-2 e 3-1 nos penáltis ao SC Braga em 2014/2015) venceram a prova e Eduardo Quaresma pelo Tondela (1-3 frente ao FC Porto), Otamendi e Morato pelo Benfica (0-2 com o SC Braga em 2020/2021) e Florentino Luís igualmente pelo Benfica(1-2 com o FC Porto em 2019/2020).

Favorito? Hmm…

Nas atuais quatro provas do calendário do futebol português (Liga, Taça de Portugal e da Liga e Supertaça Cândido de Oliveira), Benfica e Sporting defrontaram-se nada menos de 227 vezes. A taxa de vitórias dos encarnados (45%) é bem superior à dos verdes (32%). Na Liga (179 jogos), a vantagem do Benfica aumenta (46% de triunfos contra 27%), mas diminui em jogos de Taça de Portugal (38 jogos). Em jogos a eliminar, os leões ganharam 20 (53%) e perderam 16 (42%).

Porém, em jogos de Taça de Portugal realizados no Estádio da Luz, como era de esperar, o Benfica tem sido muito mais forte: 12 jogos, 7 vitórias (58%) e apenas 3 derrotas (25%). Se dissermos que o Sporting não ganha na Luz em jogos de Taça há mais de 24 anos (3-1, a 26 de janeiro de 2000), parece muito. Mas realizaram-se apenas três jogos desde aí: 3-3 em 2004/2005 (eliminado no desempate por penáltis), 4-3 em 2013/2014 e 2-1 em 2018/2019.

Do último triunfo dos leões na Luz, equipas orientadas por Jupp Heynckes e Augusto Inácio, não resta obviamente ninguém. Nem, claro, os marcadores dos golos: Uribe (33’) para o Benfica e André Cruz (36) e Beto Acosta para o Sporting (11 e 74, este de penálti). Do jogo de há cinco anos restam Rafa Silva no Benfica e Coates no Sporting. Os marcadores dos golos jogam agora no Botafogo (Gabriel Pires, 16’), no Belenenses (Tiago Ilori, autogolo aos 64) e no Manchester United (Bruno Fernandes, 82’).

Duelo entre Sebastián Coates e Rafa Silva (IMAGO)