Estoril: Vital é constante no eixo, imune a mudanças e reforços
Central somou todos os minutos de forma consecutiva nos últimos sete jogos realizados; já atuou ao lado de todos os defensores do plantel, à exceção do reforço Freddy Winther
Os últimos meses têm sido de sucessiva rotatividade no plantel do Estoril, que entre novembro e janeiro se viu envolvido em três frentes – Liga, Taça de Portugal e Taça da Liga – e, como tal, utilizou praticamente todo o seu plantel, com destaque para posições específicas como o centro da defesa. A linha defensiva foi rodando entre as cinco opções disponíveis até à reabertura do mercado… até que nas últimas semanas se verificou que existe uma constante da qual Vasco Seabra não abdica.
Entre Pedro Álvaro – que entretanto se lesionou e continua em recuperação -, Raúl Parra, Volnei Feltes e Mangala distribuiu-se uma utilização muito semelhante, que agora será ainda repartida por mais duas opções, João Basso e Freddy Winther, que chegaram durante a reabertura do mercado. Porém, enquanto estes elementos vêm rodando entre si, Bernardo Vital mantém-se incontestável como titular, jogando integralmente e sem interrupções no espaço do último mês.
Vital disputou todos os minutos de competição do Estoril nos últimos sete encontros, dois deles relativos à final four da Taça da Liga, perante Benfica e SC Braga, e os restantes nas últimas cinco jornadas disputadas na Liga frente a Moreirense, Arouca, Rio Ave, Estrela da Amadora e Boavista. O camisola 3 ostenta estatuto de intocável e para isso contribui o facto de poder alinhar em qualquer uma das três zonas do eixo defensivo, alterando frequentemente entre o centro e o lado esquerdo.
Como tal, o central de 23 anos formou trio de centrais, ao longo das últimas sete partidas, com todos os companheiros de setor à exceção do reforço Winther, que ainda não se estreou oficialmente com a camisola azul e amarela. Um conhecimento global que facilita a escolha para Vasco Seabra, que demonstra confiança absoluta nas capacidades e aptidões físicas de Vital, produto da formação do clube, cuja temporada e rendimento estão debaixo da atenção de vários emblemas nacionais e estrangeiros.
Itália tem sido apontada como um destino mais provável para o jogador, pelo qual o Hellas Verona demonstrou interesse e promete voltar à carga no verão e contará com alguma concorrência para garantir o seu concurso. Desta forma, o Estoril poderá somar uma eventual transferência de Vital à já confirmada saída de João Marques, rumo ao SC Braga, e garantir, por si só, o orçamento para reforçar o plantel para a próxima temporada – mas há, antes de mais, que garantir a manutenção no primeiro escalão em 24/25.
A receção ao Gil Vicente, marcada para o próximo domingo, pode representar um passo importante nesse sentido, dada a proximidade pontual entre toda a metade inferior da tabela da Liga: o Boavista, nono classificado, soma 24 pontos, apenas mais três que o Estoril, 13.º colocado e com apenas mais um que o Casa Pia, que ocupa o 16.º lugar, que obriga a disputa de play-off de manutenção no final da época. Vencer os gilistas reveste-se de importância e Vital, salvo algum contratempo, voltará a ser figura de proa nos canarinhos.