O Estoril apresentou-se em São Miguel, onde defrontou o Santa Clara, com alterações na equipa, mas sem mudar o figurino tático que tão bons resultados tem dado: os canarinhos venceram em solo açoriano e alcançaram a segunda vitória consecutiva, feito inédito na presente temporada, e fizeram-no utilizando um sistema de três centrais. Para o apresentar, Ian Cathro inovou, convertendo o lateral Pedro Amaral em central pelo lado esquerdo, e as impressões foram as melhores. O defensor, de 27 anos, não estranhou a nova posição, com uma prestação consistente ao lado de Kévin Boma e Pedro Álvaro e, face à capacidade demonstrada, poderá fixar-se neste posto em definitivo e, de uma assentada, resolver duas dúvidas que poderiam obrigar o emblema da Linha de Cascais a ajustes no mercado. No que respeita ao eixo defensivo, Amaral mostrou predicados para suprir as vagas criadas pelas saídas de Ismael Sierra e Volnei, que não contavam para as escolhas da equipa técnica. A permanência do esquerdino como central evitará, pelo menos para já, uma intervenção apressada no mercado e, em simultâneo, também dispensa a saída de um lateral/ala esquerdo – com Amaral no eixo, Fabrício Garcia e Gonçalo Costa dedicar-se-iam à disputa pela titularidade na ala canhota dos canarinhos e o plantel continuaria equilibrado.
