Estoril: Parra sem espaço e reforça leque de saídas
Raul Parra, do Estoril, em jogo pela Liga de futebol. Foto: Maciej Rogowski/Imago.
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Estoril: Parra sem espaço e reforça leque de saídas

NACIONAL03.06.202416:40

Espanhol não foi opção ao longo da época e irá deixar a Amoreira; canarinhos dividem os seus direitos com o Cádiz e mostram disponibilidade para abdicar da sua parcela para o libertar

Se, que no que respeita ao Estoril, o comando técnico parece estar devidamente assegurado – Vasco Seabra renovou por mais uma temporada, ao abrigo de uma cláusula automática existente no seu contrato – o mesmo não pode dizer-se do plantel, que atravessa uma reestruturação, por motivos vários, a começar pelo final da ligação com uma vasta maioria dos atletas, por via de fim de empréstimo ou contrato expirado.

Além destes atletas, existem casos que, apesar de a ligação contratual ainda persistir, não existe vontade de ambas as partes relativamente à continuidade. É esse o caso de Mor Ndiaye, como A BOLA deu conta na última semana, e também o de Raul Parra, reforço dos canarinhos no último verão que não teve o impacto desejado e não se conseguiu impor no onze, nem na era Álvaro Pacheco nem com Vasco Seabra ao comando.

Contratado ao Cádiz, inicialmente como lateral direito para um Estoril que iniciou a sua época planeando jogar numa defesa a quatro, o espanhol teve de aguardar pela quarta jornada da Liga para se estrear como titular, numa derrota em casa ante o Boavista, mas não conseguiu a regularidade que desejava, vendo a sua ação ainda mais limitada com a alteração tática promovida para que a equipa passasse a apresentar um sistema de três centrais.

Parra, que já revelava dificuldades em afirmar-se como lateral direito, foi reaproveitado como central pelo lado direito no trio de centrais dos canarinhos, mas apenas foi opção regular nos meses de novembro e dezembro com cinco titularidades consecutivas nesse período, que incluíram uma das três vitórias alcançadas sobre o FC Porto, mais precisamente a que diz respeito à Taça da Liga (3-1), que qualificou o emblema para a final four da competição.

Em janeiro, com o reforço do setor defensivo e a chegada de João Basso, o espanhol perdeu espaço e foi utilizado em apenas mais seis ocasiões até ao final da temporada, apenas duas como titular, e a saída surge como cenário natural. O Estoril volta a perspetivar o reforço do eixo da defesa – e a ala direita, na qual o jogador de 24 anos também poderia atuar – e Parra não continuará no plantel.

O camisola 2 ainda detém dois anos de contrato por cumprir, pelo que o emblema da Amoreira terá de encontrar uma solução para o jogador, encontrando-se já a trabalhar nesse sentido de forma a encontrar uma solução para que possa sair por empréstimo, com opção de compra ou, de preferência, um acordo em definitivo que permita ao Estoril abdicar dos direitos económicos que detém sobre o jogador – o Cádiz detém uma parcela.

Se, com o passar dos dias ou até semanas, o emblema da Linha de Cascais não encontrar alternativas que correspondam às suas expectativas para libertar o atleta, prevê-se também a possibilidade de ser dada aos seus representantes uma carta branca para encontrar novo clube. O regresso a Espanha, mais precisamente para um emblema de segundo escalão, surge como uma alternativa válida em função do cartel do atleta nesse contexto.

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