Estoril: estabilizar o eixo defensivo é objetivo
Canarinhos sofrem golos há quatro jogos, o que corresponde ao período que levam sem vitórias; Vasco Seabra alterou o trio de centrais nas últimas três jornadas e deve voltar a fazê-lo no domingo, frente ao Benfica
Já com a deslocação ao Benfica no horizonte, o Estoril inicia a sua preparação determinado em regressar aos resultados positivos e pôr termo a um período negativo, que se estende há quatro jornadas nas quais não obteve qualquer vitória. Face a essa situação e ao poderio que se reconhece ao adversário, uma das prioridades dos canarinhos consiste em estabilizar o setor defensivo de uma equipa que sofreu golos nos últimos quatro encontros realizados, o que contribui ativamente para a atual sequência de resultados.
Em virtude da grande quantidade de opções existentes, todas elas com legítimas esperanças em competir com regularidade, Vasco Seabra tem promovido rotatividade no setor, apostado também em buscar pela fórmula ideal para um trio de centrais consistente, que possa conduzir os canarinhos ao êxito. Algo que, em boa verdade, ainda não aconteceu, prevendo-se que possam existir alterações ao trio que, este sábado, não evitou o desaire caseiro perante o Vitória de Guimarães (1-3).
João Basso, Bernardo Vital e Fredrik Winther (este em estreia como titular) alinharam no setor, mas os resultados não foram os desejados, com o Estoril a sofrer os três golos que ditaram a sua derrota ainda na primeira parte, com diferentes debilidades defensivas em todos eles. Razões que alimentam a preocupação da equipa técnica, mas não fazem soar o alarme, dado existir total confiança nas opções existentes, tanto nos elementos utilizados na receção aos vitorianos como nos restantes, não utilizados na última partida.
De resto, na partida anterior, realizada em Vizela (3-3) foi diferente a estrutura escolhida, que contou com Volnei Feltes e Eliaquim Mangala, que se juntaram a Basso, cuja presença tem sido inalterável nas últimas três jornadas. Bernardo Vital não se encontrava disponível, porque havia sido admoestado com o quinto amarelo na jornada anterior, realizada na Amoreira e onde o Estoril não conseguiu evitar a derrota frente ao Gil Vicente (1-3), e na qual havia formado parceria com Basso e também Mangala.
Antes dos embates contra Gil Vicente, Vizela e Vitória de Guimarães, Vasco Seabra já havia utilizado um trio diferente na deslocação ao Bessa, onde os canarinhos não evitaram nova derrota perante o Boavista (2-1): Volnei, Vital e Mangala reeditaram o trio que, menos de uma semana antes, havia ajudado a derrotar o Estrela da Amadora (1-0), na última ocasião em que o Estoril repetiu um setor defensivo em jornadas consecutivas. Foi, por coincidência, no último encontro em que não sofreu golos que o Estoril alcançou a última vitória na Liga.
Nas últimas quatro jornadas o Estoril utilizou cinco opções diferentes para o centro da defesa, tendo também nas suas fileiras Pedro Álvaro, que recupera de lesão e, quando restabelecido, também pedirá meças aos seus companheiros e concorrentes por um lugar. Por fim, em posição secundária, o Estoril conta ainda com Raúl Parra, lateral direito convertido em central há já alguns meses e que não parece representar opção para a ala direita, e ainda Erick Cabaco, que recupera de grave lesão no joelho e não deverá voltar a competir esta época.