Estoril de extremos procura voltar a não sofrer
Álvaro Pacheco (Maciej Rogowski/Imago)
Foto: IMAGO

Estoril de extremos procura voltar a não sofrer

NACIONAL21.09.202316:50

Estoril apresenta, em simultâneo, o melhor ataque desde os tempos de Marco Silva e a defesa mais batida dos últimos 72 anos

No mínimo invulgar está a ser o início de temporada do Estoril, que soma apenas três pontos nas primeiras cinco jornadas da Liga fruto de uma vitória sobre o Rio Ave, na 2.ª jornada da competição, e apresenta registos totalmente díspares na relação entre ataque e defesa.

A comparação entre os registos defensivo e ofensivo dos canarinhos poderá ser encarada como uma má e boa notícia em simultâneo para Álvaro Pacheco, que lidera uma equipa com clara apetência pela baliza contrária e profícua na finalização, mas também com uma defesa permeável que tem contribuído sobremaneira para o atual penúltimo lugar na classificação.

No aspeto ofensivo, o técnico estorilista estará certamente descansado, dado que apresenta o quarto melhor ataque da competição, com 10 golos apontados, tantos quanto os favoritos Sporting e Sporting de Braga – e apenas atrás de Boavista (14 golos), Benfica e Gil Vicente, que contabilizam 13 golos cada. 

Na verdade, estes são os melhores números na quantidade de golos marcados de há dez anos a esta parte para o clube da Amoreira, desde os tempos em que era comando por…Marco Silva, em 2013/2014, naquela que é considerada a época de maior sucesso dos canarinhos, que obtiveram um histórico quarto lugar e uma até então inédita qualificação para as provas europeias.

Em sentido totalmente oposto, o plano defensivo tem representado o principal problema para o Estoril, percetível no somatório de 13 golos sofridos em apenas cinco partidas que posiciona o emblema da Amoreira como a segunda defesa mais batida da Liga, apenas com o Desportivo de Chaves a apresentar registo ainda mais negativo (17 golos sofridos).

Um acumulado pouco abonatório que obriga a recuar na história para obter uma comparação; contas feitas, o Estoril não sofriam tantos golos na primeira mão cheia de jornadas há 72 anos, mais concretamente desde 1951/1952, temporada na qual ainda assim o emblema da Linha de Cascais alcançou a manutenção no escalão principal, com um nono lugar num campeonato na altura disputado a 14 equipas.

Álvaro Pacheco está apostado em repetir esse objetivo para o Estoril em 2023/2024 começando por melhorar o rendimento defensivo já este sábado, na receção ao Vizela, na qual procurará regressar aos triunfos após três desaires de forma consecutiva…de preferência acompanhado de uma baliza a salvo, algo que não sucede desde o triunfo alcançado sobre o Rio Ave (2-0).