13 janeiro 2025, 08:00
Sporting: campeão da 1.ª volta
O FC Porto perdeu no terreno do Nacional, penúltimo classificado, perdendo a possibilidade de passar à liderança isolada da Liga e mantendo-a, assim, na posse do Sporting.
Em 90 anos, o Sporting só não se sagrou campeão em cinco das 19 temporadas em que liderava à passagem da primeira volta. Este ano o bicampeonato está na mira, Rui Borges acredita que «estão guardadas coisas melhores» após ter perdido final da Taça da Liga
Há quem não ligue a estatísticas e há quem se fie naquilo que os números podem transmitir, mais que não seja para alimentar a esperança de alcançar o tão almejado bicampeonato, conquista que foge ao Sporting há já 70 anos. Pois bem, para crentes e não crentes, A BOLA apresenta o resultado da análise de quem se sagrou campeão nacional desde 1934/1935.
O ponto de partida desta análise é a liderança após cumprida a primeira metade do campeonato. E, nesse capítulo, nestes 90 anos o Sporting liderou em 19 épocas, sendo que dessas só não se sagrou campeão em cinco ocasiões, nomeadamente em 1941/1942, 1970/1971, 1976/1977, 2004/2005 e 2015/2016, sendo que nessas temporadas, curiosamente, o campeão foi sempre o Benfica. Uma estatística bastante favorável aos leões que, recorde-se, ocupam atualmente a liderança da Liga, com 41 pontos, mais um do que o FC Porto e mais três do Benfica, os principais rivais na corrida pelo título.
13 janeiro 2025, 08:00
O FC Porto perdeu no terreno do Nacional, penúltimo classificado, perdendo a possibilidade de passar à liderança isolada da Liga e mantendo-a, assim, na posse do Sporting.
A época tem sido atribulada para os lados de Alvalade, principalmente depois da saída de Ruben Amorim do comando técnico, em novembro, para abraçar o projeto do Manchester United, com os verdes e brancos a viverem, então, um ciclo de resultados negativos, depois de João Pereira ter assumido o leme — derrotas com Arsenal e Club Brugge para a Liga dos Campeões e os primeiros pontos perdido na Liga, com Santa Clara (derrota em Alvalade 0-1), Moreirense (1-2 em Moreira de Cónegos) e Gil Vicente (empate 0-0 em Barcelos).
A equipa verde e branca demorou a reagir à mudança, as exibições deixaram de ser convincentes e a saída de João Pereira aconteceu pouco mais de um mês depois de ter aceitado o convite do presidente Frederico Varandas.
Seguiu-se Rui Borges, que se estreou no dérbi com o Benfica, na 16.ª jornada, que os leões venceram, por 1-0, com um golo de Geny Catamo, aos 28 minutos.
Mas, voltemos às estatísticas e à transparência dos números para lhe falarmos sobre os 20 títulos de campeão nacional que o Sporting tem no seu palmarés. Analisando a posição dos leões finda a primeira volta, só por cinco vezes é que o Sporting não liderava, mas acabou por arrecadar o título. Aconteceu em 1943/1944 e 1947/1948, o Belenenses tinha mais pontos a meio da prova nessas alturas, em 1951/1952 e 1979/1980 era o FC Porto quem liderava, tal como em 1999/2000.
A juntar à onda de maus resultados não se pode dissociar o facto de o Sporting ter sido fustigado com lesões de jogadores fulcrais na estratégia da equipa. Primeiro foi Nuno Santos, que pode não jogar mais esta temporada, depois de ter-se submetido a intervenção cirúrgica ao joelho direito; depois foi Pedro Gonçalves a sofrer um problema muscular na coxa direita, no jogo de despedida de Amorim, na Pedreira, a 10 de novembro, sendo que, desde então, tem estado sob os cuidados do departamento médico, a quem se juntaram Daniel Bragança (lesão nos gémeos, sofrida em Moreira de Cónegos), Morita (problema muscular contraído no treino antes do dérbi para a final da Taça da Liga, que o afastará dos relvados por um período nunca inferior a quatro semanas) e Matheus Reis (também tem lesão muscular).
Sob a batuta de Rui Borges, os jogadores estão a recuperar os índices de confiança, sob o lema quando faltar a inspiração, que não falte a atitude, frase do treinador que já escrita no balneário, como fonte de motivação. E, diga-se, os resultados foram aparecendo e o nível exibicional subiu uns degraus.
Na Liga, a nova equipa técnica já conduziu os verdes e brancos à vitória na receção ao Benfica (1-0) e a um empate na visita ao V. Guimarães (4-4), num ambiente hostil para o treinador, que trocou a Cidade Berço por Alvalade, e ainda garantiu presença na final da Taça da Liga: depois de ter vencido o FC Porto (1-0), os leões caíram aos pés do Benfica, num jogo que foi decidido no desempate através de grandes penalidades, depois do 1-1 nos 90 minutos. Francisco Trincão acabou por ver o seu remate defendido por Trubin, tendo pedido desculpa no dia seguinte.
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Rui Borges teve discurso positivo, salientando que «estão guardadas coisas melhores» em clara alusão à conquista do título. E, relembre-se, nesse sentido, as estatísticas estão do lado dos leões... Em maio será confirmada a tendência de sucesso.