Clube preparado para grande afluência de sócios; pavilhão n.º 2 só tem capacidade para 1800 pessoas e já há plano B; demissão de Luís Mendes é mais um tema a aquecer reuniões magnas

A realização das assembleias gerais do Benfica, agendadas para amanhã, não estará em causa mesmo que a afluência de sócios seja muito grande e superior à capacidade disponibilizada pelo Pavilhão N.º 2, o mais pequeno dos dois que o complexo encarnado oferece.

A BOLA sabe, pois, que o Benfica está preparado para mudar as reuniões magnas para o interior do Estádio da Luz, se for entendido como necessário. Na zona limite do relvado seria colocada a mesa da Assembleia Geral (AG), assim como o púlpito onde os sócios poderão fazer as suas intervenções, e as bancadas da Luz albergariam o público sem qualquer dificuldade.

O pavilhão principal, onde joga por exemplo a equipa de futsal, estará ocupado, restando o recinto reservado a voleibol e andebol, que tem capacidade para 1800 pessoas.

De manhã (10.30 horas), há AG extraordinária com a seguinte ordem de trabalhos: Ponto 1. Apresentação, discussão e votação da proposta de metodologia para discussão e votação das propostas de alteração dos Estatutos do Sport Lisboa e Benfica. Ponto 2. Admissão das propostas de alteração.

De tarde (15 horas), há AG Ordinária com a seguinte ordem de trabalhos: Ponto 1. Aprovação das atas; Ponto 2. Deliberar sobre o orçamento ordinário de exploração, o orçamento de investimentos e o plano de atividades, elaborados pela Direção para o exercício de 2024/2025.

SAD e futebol na 'ementa'

O interesse dos associados do Benfica já era grande em função dos temas das reuniões magnas, mas a instabilidade interna está a atrair ainda mais atenções.

É, pois, muito provável que os sócios do Benfica aproveitem o tempo que será disponibilizado para intervenções para questionarem a renúncia de Luís Mendes às funções de administrador-executivo da SAD.

12 junho 2024, 18:26

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Rui Costa, presidente do Benfica, estará a viver a primeira grande crise diretiva desde que tomou conta do clube e Luís Mendes era um homem da sua confiança, além de um dos três elementos da Comissão Executiva da SAD, que conta agora somente com Rui Costa e Lourenço Pereira Coelho, o administrador com a pasta do futebol profissional.

A continuidade de Roger Schmidt, os planos para a próxima temporada e o futuro de jogadores como António Silva e João Neves serão outros pontos de interesse na mira dos associados, mesmo que os pontos em discussão não tenham relação direta com o futebol profissional. E também os resultados da auditoria em curso deverão suscitar curiosidade.

O Estádio da Luz irá, pois, funcionar como plano de contingência de maneira a que as reuniões magnas não sejam minimamente beliscadas.