Sporting-FC Porto, 1-0 Equilíbrio, falta de acutilância e as palavras a Harder no final: tudo o que disse Vítor Bruno
Técnico portista lamenta desaire com os leões, que ditou eliminação da Taça da Liga
Declarações de Vítor Bruno na sala de imprensa do Estádio Dr. Magalhães Pessoa, em Leiria, no rescaldo da eliminação do FC Porto na Taça da Liga, aos pés do Sporting (0-1).
- Como analisa esta partida e o que faltou ao FC Porto para conseguir outro resultado frente ao Sporting?
- Na primeira parte parece-me que tivemos os primeiros 25/30 minutos com qualidade, a chegar à baliza com critério, a perceber que espaço é que tínhamos de percorrer para chegar à baliza. Temos dois lances que podíamos ter finalizado de outra maneira, não fizemos golo, também para fazer golo é preciso enquadrar os remates à baliza, não conseguimos enquadrar. Na parte final da primeira parte parece-me que o Sporting se aproxima mais e acerca-se da nossa baliza, sem muito perigo, perigo relativamente controlado. A segunda parte abre com o golo do Sporting, logo aos 50 e poucos minutos. A partir daí tentámos, a partir do banco, lançar mensagens para dentro do campo de como podíamos chegar à baliza adversária, com o Zaidu de um lado, depois numa segunda fase com o João Mário do outro. Tentámos também canalizar muito o jogo por fora. Temos uma ou outra aproximação, é verdade, também não criámos muito perigo na segunda parte para poder fazer golo. Um jogo decidido, parece-me, no detalhe, uma equipa foi mais feliz do que a outra. É futebol.
- Qual foi importância de os extremos fecharem por dentro, principalmente André Franco, e o que é que mudou no final da primeira parte e na segunda para uma menor eficácia na pressão?
- Não foram marcações individuais, era preciso ter cuidado especial pela forma como o Sporting construía. Quisemos ser mais acutilantes no primeiro momento, na saída de bola do Sporting, conseguimos na primeira parte a espaços. Na segunda parte, não houve assim grande diferença, sinceramente, a diferença foi que o Sporting marca cedo na segunda parte e depois começa a gerir melhor resultado, mais metido na organização defensiva também. Nós tentámos ter outro pendor ofensivo, chegar de diferentes formas à baliza do Sporting. O Sporting, em momentos de transição, é um Sporting forte, com muitos ataques à profundidade, com alguém que é muito referência na frente e cria muito perigo nestes momentos. Era preciso estar atento e vigilante, não me parece que o Sporting tenha saído de zonas de pressão com facilidade na segunda parte. Depois, o que mudou foi a forma como o jogo estava a ser gerido, porque o Sporting estava em vantagem no marcador, é natural que tivesse outro tipo de abordagem. Volto a dizer, não fomos competentes o suficiente para poder fazer golo, para criar situações de perigo em maior número, e esse é um exercício que também temos que fazer dentro do nosso balneário, perceber como é que podemos ferir este tipo de adversários. Em jogos em que o nível acaba por ser muito igualado, temos de ter outros argumentos para poder chegar à baliza de outras formas, não só por fora, também por dentro, e tentar ser mais acutilantes e intencionais no momento de ferir o adversário. Não fomos, o Sporting ganhou, ganhou em detalhes, volto a dizer, não foi superior ao FC Porto. O jogo foi muito dividido, muito equilibrado. Agora, o jogo acabou, fechou, competição arrumada. Temos de olhar muito para aquilo que resta da época, olhar muito para o campeonato, pensamento canalizado única e exclusivamente agora para o jogo do Nacional, da próxima semana, numa prova que queremos muito ganhar, num campeonato que queremos muito ganhar. Estamos há dois anos sem o fazer, queremos muito este ano voltar a ser campeões, e é isso que vamos fazer.
- No final do jogo o que disse a Conrad Harder?
- O que se passa no campo fica no campo. Agora, aquilo que não podem dizer, como já vi num jornal, porque me vieram dizer, é que o Vítor Bruno foi pedir explicações ao Conrad Harder, isso é falso. Não fui pedir explicações a ninguém, fui interpelado e depois reagi naturalmente. Agora ao que foi falado fica ali, no campo.