FC Porto Entrou e saiu frente ao Gil VIcente, mas percebeu o contexto
O lado esquerdo da defesa portista tem sido epicentro de uma rotatividade que se tornou inevitável desde que Zaidu recuperou de uma rotura muscular no adutor da coxa esquerda, sofrida no encontro com o Atlético de Madrid, em novembro passado. Na ausência do nigeriano, Wendell deu boa resposta, mas o brasileiro não teve noite nada feliz na receção ao Gil Vicente e Zaidu deverá ter via aberta para regressar ao onze frente ao Chaves.
Antes mesmo de se lesionar na partida da Champions, Zaidu tinha gerido um quadro muscular delicado. A lesão com o Atlético resultou de um dos seus habituais raides pelo corredor, na disputa de bola com um adversário. A velocidade é a principal arma do defesa, que em campo não avalia limites para ajudar a equipa. Nessa medida, a reintegração de Zaidu na equipa tem sido progressiva e cuidadosa: foi titular com o Académico de Viseu, Sporting e Inter, e suplente utilizado na final da Taça da Liga, com os leões, e nos compromissos frente ao Marítimo, Vizela, Rio Ave e Gil Vicente.
Neste último jogo de muito má memória para os portistas entrou ao intervalo para o lugar de Wendell e saiu a cinco minutos do final para entrar Toni Martínez. Apesar de não ser uma situação agradável, o nigeriano compreendeu bem o contexto da partida. Com o FC Porto reduzido a nove unidades e à procura do empate, era preciso sacrificar um defesa para colocar uma referência goleadora.
Jogador carismático no balneário, em altura alguma Zaidu colocaria em causa decisões do líder. Nunca o fez e essa forma de estar na carreira e na vida tornam-no, naturalmente, jogador também valorizado por Sérgio Conceição. Em Chaves, salvo algum retrocesso físico, Zaidu irá procurar a sequência que lhe tem escapado em 2023.