Sporting «Empate era o resultado mais justo», diz Rúben Amorim
Treinador leonino e um jogo diferente de uma parte para a outra; as escolhas para onze inicial; tudo o que disse o técnico na sala de imprensa depois do jogo com a Atalanta
- Pode dizer-se que foram dois jogos diferentes da primeira para segunda parte?
- Acima de tudo pelas oportunidades. Por esse resumo o empate era o resultado mais ajustado. Mas não aconteceu. Tivemos muitas dificuldades na primeira parte, não tivemos bola como devíamos ter. Dificuldades em controlar. Na segunda foi diferente porque tivemos bola, nem dei grandes indicações ao intervalo. Tentámos ao máximo mas eles também já estavam a chegar mais tarde. Geny Catamo e Marcus Edwards mudaram um bocadinho o jogo de frente.
- O primeiro remate do Sporting apareceu apenas depois dos 50 minutos…
- Fizemos boa segunda parte desde o primeiro minuto, a mostrar que queríamos ir atrás do resultado. O primeiro remate foi quando merecemos. Mas também na segunda parte a Atalanta só teve um remate no fim… Foram melhores que nós na primeira parte e nós melhores do que eles na segunda.
- Fresneda teve dificuldades.
- Têm indicações, deixaram Fresneda mais livre do que o habitual. Mas quantas bolas recebemos e estavam três para três? Às vezes não é fácil, só quem está lá dentro… E o Ousmande [Diomande] é um grande jogador.
- A equipa pode perder com discurso que valoriza mais o campeonato do que a Liga Europa?
- Não tem nada a ver. Em caso de dúvida o campeonato é a prioridade, só isso. Temos de aprender com os erros, perdemos o segundo jogo com um clube italiano que joga de igual para igual com as melhores equipas italianas. Foram mais fortes física e taticamente mas na segunda parte fomos nós. Podemos fazer disto um grande drama mas ninguém está mais chateado que os jogadores e o treinador. Temos de encarrar de frente. No fim faremos as contas.
- Houve assobios ao onze. Assume a responsabilidades?
- Temos de jogar melhor, assumo sempre as responsabilidades principalmente no maus momentos, nos bons não faço questão. Sei que tipo de ano vamos ter, estamos em 1.º no campeonato, não está nada perdido na Liga Europa. Vamos focar no campeonato agora. Se assobiaram o onze faz parte, isso é o papel dos adeptos. O meu é colocar a equipa a ganhar. Eu estou vacinado, não gosto é que os meus jogadores sofram. Somos clube grande e vai haver tolerância zero. Sei disso e no final faremos as contas. É manter a calma e até trabalho melhor assim. Mas estamos bem, o público não gosta de perder, temos de ter noção disso.
- Hjulmand saiu ao intervalo.
- Motrten veio de campeonato e equipa diferente. Ele está a fazer essa transformação, o Pote simplesmente tem mais velocidade.
- E porquê Edwards no banco?
- Pensámos que era equipa muito física. Paulinho vinha de grande momento e entende-se com o Viktor [Gyokeres]. Agora é fácil falar. Marcus está bem porque esteve mal e o treina dor insistiu… e agora está bem. Se soubesse teria feito ao contrário.