Extremo volta a esticar a corda com declarações a diário inglês. Mas em algo leões e jogador concordam: saída é para já e pode mesmo ser definitiva
O Sporting quer colocar Marcus Edwards nesta janela de inverno do mercado de transferências e o avançado também quer sair. Juntam-se as vontades de ambas as partes e a saída vai mesmo acontecer agora. Os leões querem em definitivo, o mercado responde mais através da possibilidade de empréstimo mas sabe A BOLA que até ao fecho do mercado há uma forte hipótese de chegar a Alvalade proposta concreta para uma saída em definitivo de um jogador que está a contas com questão disciplinar interna do clube de Alvalade.
São 10 milhões de euros que a administração leonina pede para a saída do camisola 10. São possibilidades de empréstimo que têm chegado a Alvalade. O Besiktas tentou, clube italiano também, mas a caminho estará proposta para a saída definitiva, resta saber se chega ao valor pretendido pela administração sportinguista.
«ALTURA PARA ALGO DIFERENTE»
Mas não é só o Sporting que pretende a saída de Edwards. O próprio Edwards começou ontem a dizer adeus ao clube leonino. «Fiz 26 anos, estou pronto para uma próxima fase da minha carreira. O meu contrato acaba no final da próxima época e sinto que é a altura certa para tentar algo diferente, algo de novo, mudar de ambiente», as palavras são do avançado que trabalha afastado do plantel principal.
Fiz 26 anos, estou pronto para uma próxima fase da minha carreira. O meu contrato acaba no final da próxima época e sinto que é a altura certa para tentar algo diferente, algo de novo, mudar de ambiente
O extremo inglês contratado ao V. Guimarães em janeiro de 2022 por €7,5 milhões por 50 por cento do passe — mais tarde, aquando da transferência de Pedro Porro para o Tottenham, os verdes e brancos adquiriam mais 15 por cento — atrasou-se para a concentração dos não convocados para a final da Taça da Liga, com o Benfica, e a atitude descomprometida junto da equipa, bem como a o ar desligado numa conversa com o treinador Rui Borges contribuíram para o afastamento do grupo. A porta de saída de Alvalade ficou escancarada.
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«Já estou em Portugal há seis anos e tem sido bom para a minha evolução. Porém, sinto que estou a atingir o auge, estou pronto para o próximo passo e ansioso por conquistar mais troféus», acrescenta o camisola 10 dos verdes e brancos em declarações ao Daily Mail.
Já estou em Portugal há seis anos e tem sido bom para a minha evolução. Porém, sinto que estou a atingir o auge, estou pronto para o próximo passo
«Sou ambicioso e tenho muito para dar», garante o inglês, que fala sobre a possibilidade da Premier Legue: «Todos sabem que é o melhor campeonato do mundo e, por isso, poder voltar e jogar num palco com os meus amigos e família por perto seria algo de que gostaria. Mas a minha mente não está totalmente focada nisso, estou aberto a novas aventuras.»
ELOGIOS A RUBEN AMORIM
Com estas declarações não autorizadas pelo clube ao Daily Mail, Edwards volta a esticar a corda disciplinar, resta saber com que consequências. E ao mesmo tempo que fala da sua situação, comenta também sobre o antigo treinador leonino, Ruben Amorim, com quem trabalhou desde que chegou a Alvalade e até à saída do técnico para o Manchester United.
«Foi o melhor treinador que alguma vez tive», garante e completa: «Elevou o meu jogo para outro nível...»
O avançado inglês explica depois as palavras sobre Amorim: «Consegui, com ele, perceber o futebol de alto nível e isso ajudou-me muito. Há coisas que vão ajudar-me para o resto da carreira. Quando cheguei tinha 23 anos e a maneira como ele orienta, a intensidade de tudo... Os padrões eram muito elevados e as coisas nunca fugiram do controlo, porque ele podia tirar-te da equipa, era preciso ir para todos os treinos como se fossem jogos.»
Foi o melhor treinador que alguma vez tive. Consegui, com ele, perceber o futebol de alto nível e isso ajudou-me muito. Há coisas que vão ajudar-me para o resto da carreira
Edwards termina depois sobre o treinador: «Era muito crítico de si mesmo e quando a equipa não ganhava, ou não jogava bem, olhava primeiro para ele. Depois, a maneira como estava connosco, como nos conseguia motivar... Queríamos jogar para ele, ganhar por ele, correr por ele, era essa energia que nos transmitia. Muito exigente mas a relação próxima que tinha com os jogadores era mágica e mudou completamente o clube, toda a cultura. Vai sair-se bem no Manchester United, só precisa de tempo.»
Administração leonina quer colocar o inglês em definitivo e o valor base para o negócio está definido. Empréstimo é cenário mais realista e permite poupar valor do vencimento do extremo, que é de €1 M limpos por época
Por fim, a mudança para João Pereira: «Quando um treinador assim sai, é estranho, demora sempre algum tempo depois... Nunca pensamos que se vai embora e por isso atravessámos período difícil. Mas com o novo treinador e as ideias dele voltámos a estar bem. Serei sempre adepto do Sporting e estarei sempre grato pelo tempo que lá passei.»
CHEGADA DE EXTREMO SEM DEPENDER DO INGLÊS
Ponto assente: independentemente do futuro de Marcus Edwards vai chegar um extremo a Alvalade. Um atacante destro para jogar a partir do lado esquerdo, um desejo que vem já do mercado de verão, da altura de Ruben Amorim, e que é agora recuperado por Rui Borges. O treinador leonino deseja ver essa posição reforçada e a administração leonina trabalha afincadamente para satisfazer esse desejo do técnico. Outra posição que podia já ter recebido reforço foi a lateral-direita. Mas sem sucesso nas contratações de Alberto — seguiu do Vitória de Guimarães para a Juventus por 12,2 milhões de euros mais 2,5 milhões por objetivos — e de Andrés García — contratado pelo Aston Villa ao Levante por 7 milhões de euros mais 2,25 milhões em variáveis —, Fresneda ficou, embora oportunidade de negócio possa ainda fazer mexer o leão.