Declarações do treinador do Sporting, depois de sair de Vila do Conde com uma vitória tranquila, por 3-0, sobre o Rio Ave
- O Sporting fez 27 remates, 13 deles enquadrados. Considera que a exibição justificaria um resultado mais dilatado? E como avalia a estreia de Rui Silva e os regressos de Daniel Bragança, Debast e Gonçalo Inácio?
- Poderíamos ter saído com um resultado mais expressivo, pela qualidade e intensidade que colocámos no jogo. Dominámos do início ao fim, mas em alguns momentos, especialmente na segunda parte, podíamos ter gerido melhor as transições e sido mais calmos. Mesmo assim, fomos muito competentes estrategicamente e mantivemos o foco durante todo o jogo. Foi uma vitória justa, independentemente do número de golos. Sobre o Rui, fez um bom jogo, mostrou tranquilidade, especialmente com bola e em leituras defensivas. Teve pouco trabalho, mas passou confiança à equipa. Quero também destacar o Franco [Israel], que vinha de boas exibições. Foi apenas uma opção minha para este jogo. Quanto aos regressos, o Debast fez uma exibição excelente, muito sólida e importante. O Daniel Bragança voltou bem, mostrando que está totalmente integrado e disponível. O Inácio também respondeu com qualidade, mostrando que todos estão preparados para contribuir quando necessário. Essa ligação do grupo ao objetivo coletivo é o que mais me deixa satisfeito como treinador.
- O Conrad Harder fez nove remates e esteve muito ativo, mas não marcou. Já o Gyokeres entrou e fez um golo em menos de oito minutos. Como explica a falta de eficácia do Harder?
- O Harder fez um grande jogo, mesmo sem marcar. Esteve muito bem taticamente, foi intenso, agressivo e criou várias oportunidades. É um jogador jovem, ainda em crescimento, e falhar faz parte desse processo. O mais importante é que ele esteve lá, criou e trabalhou para a equipa. O Gyokeres aproveitou uma situação específica, mas o trabalho do Harder durante 80 minutos foi fundamental para preparar o terreno. Ele tem muito potencial, e acredito que será decisivo em outros momentos. O que ele mostrou em campo reforça a confiança que tenho nele.
Começou cedo o Sporting a dar pontapé no cansaço e nas dúvidas sobre como reagiria a equipa às adversidades dos problemas físicos. Terminou 3-0 e só não foram (muitos) mais porque Harder desperdiçou e Mistza brilhou na baliza. Deu para ser avassalador, gerir a equipa e começar a pensar na Champions. Sem espinhas!
- Com as contratações (falhadas) de Alberto Costa e Andrés Garcia, ainda procura um lateral ou está satisfeito com o Fresneda e Esgaio?
- Estou muito satisfeito com os laterais que temos. Desde que cheguei, o Iván [Fresneda] tem mostrado grande disponibilidade e compromisso. Hoje fez mais um excelente jogo. Está feliz no clube, e isso reflete-se em campo. Acredito que ele terá uma segunda volta muito positiva, ao nível do que todos esperam dele. O grupo gosta dele, e ele gosta do grupo. O trabalho que tem feito responde a quaisquer dúvidas que pudessem existir. Confio totalmente nele e em todo o grupo.