Duarte Gomes analisa incidentes no final do Chaves-Estoril
FOTO Pedro Sarmento Costa/LUSA

Duarte Gomes analisa incidentes no final do Chaves-Estoril

FUTEBOL21.04.202420:05

«Um filme amador de terceira categoria»

Quem viu os instantes finais do GD Chaves/GD Estoril-Praia poderá ter pensado que sintonizou, por engano, um qualquer canal turco ou grego de futebol: uma multidão de gente a correr no relvado de um lado para o outro, agitação, sensações de descontrolo, enfim, um filme amador de terceira categoria.

As imagens que vimos foram feias, muito feias e provam que ainda há um longo caminho a percorrer no que diz respeito a melhorar a cultura desportiva dos portugueses.

A invasão de campo por parte de um ou mais adeptos é um ato muito grave, mas toma contornos extremos quando acontece num palco profissional e para agredir um jogador.

O certo é que, ainda que provocados ou atingidos, os atletas nunca podem responder da mesma forma. Quando caem nessa tentação, os árbitros estão obrigados a expulsá-los por conduta violenta. As leis de jogo não lhes deixam alternativa.

Para que se tenha uma ideia, pontapear um animal que entre no relvado (um cão, por exemplo) ou empurrar violentamente um apanha-bolas tem a mesma resposta, a exibição do cartão vermelho.

Nesta matéria, não há tolerância para quem está em campo.

Nuno Almeida agiu em conformidade quando tomou essa decisão em relação a Marcelo Carné e Pedro Álvaro, que, levados pelas emoções, incorreram em comportamentos agressivos.

Quanto à prossecução do jogo só foi possível depois de retirado(s) o(s) adepto(s) invasor(es) e perante a garantia, por parte da força pública, de que havia condições de segurança para a sua continuidade.

Tudo o que se passar daqui para a frente será baseado no que árbitro, delegados da Liga e responsável máximo da autoridade policial escreverem nos seus relatórios.