Duarte Gomes analisa a arbitragem do Estoril-FC Porto

Duarte Gomes analisa a arbitragem do Estoril-FC Porto

NACIONAL06.12.202322:49

Foi muito competente o trabalho do árbitro lisboeta

Hélder Malheiro deslocou-se ao Estádio António Coimbra da Mota para dirigir o Estoril-FC Porto, a contar para a 2.ª jornada da Taça da Liga. Na sala de vídeoarbitragem esteve André Narciso, que desempenhou a função de VAR. A partida podia definir, como definiu, a passagem de uma das equipas para a final four da competição. De um modo geral, foi muito competente o trabalho do árbitro lisboeta. Segue análise técnica aos lances mais relevantes do encontro:

8’ Fábio Cardoso atingiu a nuca de João Marques (com o braço esquerdo) quando ambos disputavam bola aérea. A infração imprudente foi bem punida tecnicamente.

16’ Aquele que seria o primeiro golo do FC Porto, da autoria de Francisco Conceição, foi erradamente validado em campo, mas bem anulado após intervenção do VAR: no início da jogada, Galeno estava em posição irregular (quando Taremi lhe passou a bola). Mais uma vez, a tecnologia provou a sua utilidade no apoio à decisão.

22’ Golo legal do Estoril, marcado por Cassiano: o avançado brasileiro estava atrás da linha defensiva adversária quando João Marques fez a assistência. Excelente decisão do árbitro assistente, em lance rápido de analisar in loco.

29’ Fora de jogo mal assinalado a Galeno, no lado esquerdo do ataque do FC Porto. Pelo menos Mangala, no meio, estava a colocar o avançado brasileiro em jogo.

30’ Falta de Galeno sobre Daniel Figueira: quando o avançado azul e branco tocou na bola, esta já estava controlada nas mãos do guarda-redes do Estoril. O árbitro lisboeta não se apercebeu desse pormenor, diga-se que apenas visível nas imagens televisivas.

34’ Golo legal do FC Porto, a empatar a partir na Amoreira (Taremi, que fez a assistência, estava em posição regular).

53’ Marko Grujic foi bem advertido após infração antidesportiva sobre Raul Parra. O médio sérvio foi ultrapassado pelo adversário, levantando o braço esquerdo na direção do seu peito.

55’ Taremi viu o cartão amarelo após derrubar Heriberto, impedindo ilegalmente que o adversário prosseguisse ataque prometedor. Decisão correta de Hélder Malheiro.

60’ Pepê criou perigo para a baliza adversária, mas partindo de posição irregular. O árbitro do encontro podia ter permitido que a partida continuasse, uma vez que o Estoril ficou de posse de bola e em condições de sair a jogar.

71’ Bem o árbitro lisboeta, por duas vezes: primeiro ao advertir Eustáquio por agarrar ostensivamente a camisola de Koba de forma antidesportiva; depois reagindo rapidamente à possível retaliação do francês (algo habitual nos jogadores que sofrem este tipo de infrações).

72’ Cartão amarelo bem exibido a Volnei, depois de rasteirar Evanilson de forma antidesportiva. O defesa canarinho não tentou disputar a bola, apenas impedir o adversário de o fazer.

79’ Falta atacante bem assinalada a Evanilson por ter feito tropeçar, na passada e de forma imprudente, um adversário que seguia à sua frente. O lance prosseguia à direita do ataque azul e branco, aparentando ter iniciado em posição irregular.

82’ O empurrão de Fábio Cardoso a Mateus Fernandes foi demasiado ostensivo e visível, sobretudo porque o jogo estava parado. A ação, desnecessária, foi bem sancionada com cartão amarelo.

84’ David Carmo tocou na bola, não cometendo falta sobre João Marques. Lance bem analisado perto da área do FC Porto.

90+1’ Rafik Guitane marcou o segundo golo da equipa canarinha, concluindo jogada individual de forma legal.

90+3’ Heriberto rematou à barra da baliza de Cláudio Ramos, saindo de trás da defesa adversária (David Carmo estava a legitimar a sua posição).

90+4’ David Carmo, ao tentar a bola, derrubou Koba, cometendo infração passível de pontapé de penálti. A equipa de arbitragem, provavelmente com a indicação do árbitro assistente, tomou a decisão correta. O árbitro entendeu que o francês ficaria em posição de poder marcar golo, razão pela qual exibiu o amarelo ao infrator. Fez bem.