ANTEVISÃO Dortmund-PSV: dois antigos campeões na luta pelos ‘quartos’
O 1-1 da primeira mão em Eindhoven deixou tudo em aberto para o reencontro desta noite dos oitavos da Champions na Alemanha
De um lado uma equipa alemã, a do Borussia Dortmund, dividida entre a luta pelos lugares de Champions na liga doméstica e a luta pela presença no sorteio de sexta-feira dos quartos de final da prova europeia e cujo treinador qualificou a exibição da primeira mão como «desleixada»; do outro, uma formação neerlandesa, a do PSV Eindhoven, que sofreu somente duas derrotas na presente temporada (0-4, com o Arsenal na fase de grupos da Liga dos Campeões, e 0-1, com o Feyenoord na Taça) e que soma 29 vitórias e oito empates em 2023/2024.
Os golos de Donyell Malen, antigo jogador do PSV e que deu vantagem ao Dortmund, e de Luuk De Jong, de penálti cobrado com frieza, redundaram no 1-1 final do primeiro jogo, há três semanas nos Países Baixos, num duelo com muitos lances de ataque para ambos os conjuntos (com algum ascendente para o germânico), mas também com fraquíssimos níveis de eficácia, e cujo resultado deixou tudo em aberto para o reencontro decisivo desta quarta-feira na Alemanha.PSV
Malen, que celebrou sem euforia num sinal de respeito pela equipa neerlandesa, que trocou pela alemã em junho de 2021, será um dos jogadores esta noite sob os holofotes, tal como o outro protagonista da primeira mão, De Jong, melhor marcador do PSV na presente época, com 29 golos em todas as competições.
Depois de um curto período de crise na Bundesliga, com um empate e uma derrota no final de fevereiro, o Dortmund, orientado pelo técnico Edin Terzic, reentrou na luta pelos lugares de Champions da próxima temporada com duas vitórias consecutivas, ambas fora (Union Berlim, 2-0; e Bremen, 2-1), neste início de março, reocupando o quarto lugar, com 47 pontos, mais um do que o RB Leipzig e mais sete do que o Eintracht Frankfurt.
Por seu lado, o PSV, do experiente Peter Bosz, tem-se mostrado um pouco mais intermitente nos últimos tempos, mas há que contar com a brutal capacidade goleadora da equipa protagonista de 107 golos marcados em 39 jogos (média de quase três por duelo) contra os 65 remates certeiros do Dortmund em 35 encontros (média de menos de dois golos por partida).
O defesa do Dortmund, Nico Schlotterbeck, parece, ainda assim, confiante de que o factor casa fará com que a sua equipa seja feliz no fim. «Estarão 80 mil pessoas no nosso estádio numa noite da Champions League. E nós somos imbatíveis lá», atirou o central de 1,91 m.
Esta quarta-feira só um deste dois antigos campeões europeus (o Dortmund em 1997, com Ottmar Hitzfeld no comando e Paulo Sousa na equipa; o PSV, de Guus Hiddink, em 1988, numa final ganha ao Benfica) seguirá em frente, depois de um confronto que se espera muito equilibrado.