Dolores com grata recordação da Irlanda do Norte: «‘Granda’ golo que lhes marquei…»
A capitã da seleção feminina de Portugal, Dolores Silva, e o selecionador Francisco Neto, em conferência de imprensa. Foto: D.R.

Dolores com grata recordação da Irlanda do Norte: «‘Granda’ golo que lhes marquei…»

Capitã de Portugal marcou o único golo do último triunfo de Portugal frente à congénere norte-irlandesa; mostra grande respeito pelo opositor, tal como o selecionador nacional, Francisco Neto

Mais de sete anos depois, a Irlanda do Norte volta a pisar solo nacional para defrontar a seleção nacional feminina e desta feita para uma partida de caráter oficial, pela Liga B da Liga das Nações e, em simultâneo, a fase de apuramento para o Euro 2025. Nesse duelo de 2017 apenas se registou um golo – Portugal venceu a congénere norte-irlandesa por 1-0, no Jamor – e a marcadora do golo foi Dolores Silva, atual capitã da equipa lusa que recordou esse momento.

«Ainda cá continuo, é bom sinal (risos)…foi nos Açores, ou não? Foi no Jamor? Já sei qual foi esse jogo, granda golo que lhes marquei, por acaso. Bola colocada, remate potente, a guarda-redes adormeceu um bocadinho (risos)…fora de brincadeiras, já passou algum tempo e acho que tanto a Irlanda do Norte, como nós, estamos diferentes. Têm trabalhado ao máximo para potenciar as suas jogadoras e o seu futebol e nós evoluímos bastante desde então até agora», comparou a médio.

Esta sexta-feira, em Leiria, Dolores será novamente aplaudida por mais uma marca redonda – as 160 internacionalizações A por Portugal – e mostra-se orgulhosa por esse facto. «Deixa-me sempre muito feliz e orgulhosa por poder chegar a esses números. Continuar aqui é sempre um privilégio e, como digo, ter 160 internacionalizações não me torna diferente das outras, como a Beatriz Cameirão ou a Stephanie, que ainda não têm nenhuma», identifica a médio de 32 anos.

«Procuro dar sempre o meu melhor e contribuir para a equipa, se for chamada e puder somar mais uma internacionalização, melhor ainda», anseia a capitã portuguesa que, na conferência, acompanhava Francisco Neto, que caracterizou ao pormenor a seleção da Irlanda do Norte, da qual espera um opositor capaz de se adaptar às circunstâncias. «É uma equipa com um grupo de jogadoras que, como já aqui foi dito, muito experiente e com registos e contextos diferentes», começou por analisar.

O selecionador nacional feminino esmiuçou a Irlanda do Norte, que salientou como adversário direto de Portugal pela liderança do grupo e consequente passagem ao play-off de apuramento para o Euro com subida garantida à Liga A. «Metade do plantel joga na primeira e segunda divisões inglesas, campeonatos muito competitivos, e a outra metade joga no campeonato interno, na Irlanda, que leva neste momento quatro jornadas; vão apresentar níveis diferentes, mas um contexto positivo», enalteceu.

«Sabemos que ao nível internacional não há jogos fáceis e por isso é o que esperamos. É uma equipa com capacidade tática para se adaptar e que dentro do próprio jogo muda muitas vezes o seu sistema tático para poder ajustar-se aos adversários e estarmos muito atentos a isso, termos acima de tudo a nossa identidade, o nosso caráter que temos mostrado ao longo deste tempo e, sem dúvida nenhuma, um Portugal ao seu mais alto nível», transmitiu, focado na tarefa.

Com os três pontos na mira, Francisco Neto não prometeu a estreia oficial de Beatriz Cameirão e Stephanie Ribeiro, as duas novidades na convocatória…mas manteve essa possibilidade em aberto. «Isso só amanhã, ainda faltam muitas horas. São duas jogadoras que estão a fazer o seu trabalho, estão e integrar-se e as jogadoras mais experientes estão a recebê-las neste meio como é normal. Sabemos que a nossa ideia de jogo não é fácil de assimilar», recordou, por fim.