«Dizem que estou bem financeiramente, mas comecei na quarta divisão com três empregos. Sei o que passei»

Botafogo «Dizem que estou bem financeiramente, mas comecei na quarta divisão com três empregos. Sei o que passei»

INTERNACIONAL30.06.202310:43

Luís Castro está de saída do Botafogo, para aceitar proposta do Al Nassr da Arábia Saudita e foi questionado sobre o aliciante da parte financeira.

A parte financeira pesa mais que o projeto do Botafogo? «Vou colocar a pergunta em dois níveis. Quando elaboramos um contrato, sabemos o que estamos a assinar, em qualquer profissão. Assinamos e estamos vinculados ao que assinamos. Se nós não queremos que algumas linhas não estejam no contrato, não assinamos. Eu saí do Al-Duhail [para assinar pelo Botafogo] porque havia uma linha que dizia que quando um clube estivesse interessado em mim, teria de pagar o remanescente para sair. Se essa linha não existisse, não poderia sair do clube», explicou, falando um pouco, mais uma vez, sobre como construiu a carreira:

«Eu olho sempre nos olhos, nunca mandei recados. Hoje diz que estou bem financeiramente, mas comecei na quarta divisão. Vendia embalagens, trabalhava numa fábrica e trabalhava no futebol. Três empregos. Eu sei o que passei. Eu sei que olha para mim e não sabe da minha história. Cada um tem a sua história. Os projetos dos clubes caminham ao longo do tempo, como os das pessoas. O meu projeto de vida era com os meus pais. Quando eles faleceram, o meu projeto de vida teve de continuar como muitos de vocês. Não é por um sair que vai parar. O projeto vai continuar forte. Sem mim? Amanhã vou ter uma reunião. Não posso ser mais sincero. O que mudou? O que você faz quando recebe uma boa proposta de trabalho? Pensa nela ou coloca de lado? Todos aqui são iguais. Não sejamos hipócritas. Para cima de mim, não».» 

Luís Castro foi também questionado sobre se este momento de indecisão prejudicou o desempenho da equipa esta noite na Taça Sul-Americana (1-1 com o Magallanes e necessidade de ir ao play-off:

«Qualquer dia vão dizer que o Real (Madrid) não ganhou a Champions porque a CBF estava interessada no Ancelotti. Só falta dizer isso (risos).»

O Al Nassr oferece, além da possibilidade de treinar CR7, um salário em torno de 1,3 milhões de euros por mês e uma mansão de 2,5 milhões que pode ficar com o treinador se ele cumprir o contrato de dois anos com o clube.

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