Divaldo Alves: o rosto da recuperação do Persik Kediri

Indonésia Divaldo Alves: o rosto da recuperação do Persik Kediri

INTERNACIONAL18.04.202319:09

Depois de ter igualado o recorde de nove vitórias consecutivas no campeonato da Indonésia, Divaldo Alves, treinador do Persik Kediri, perdeu na última jornada com o Persis Solo (0-1). O técnico português conduziu a formação indonésia ao 11.º lugar, com os mesmos pontos do 9.º, depois de ter pegado na equipa última posição já com o campeonato em andamento. 

- Qual o balanço da passagem pelo Persik Kediri?
- Muito positivo, claro... safamos o Persik Kediri da descida de divisão... Só houve um ponto que me deitou um bocado abaixo... não ter batido o recorde de dez jogos seguidos a ganhar... ficariamos na história dofutebol na Indonésia. Durante dois meses ganhei os nove jogos possíveis. É um marco fantástico! Fui eleito pela Liga o melhor treinador do mês de março e duas vezes fui o melhor técnico da semana. Foi uma reta final fantástica... reforço: só foi pena o último jogo… mas a vida continua… há que olhar em frente!

- Quando chegou, o Persik Kediri estava no último lugar. O que o levou a aceitar o convite?  
- Sou uma pessoa de desafios... tinha a certeza que iria conseguir recuperar a equipa na classificação... quando cheguei, o clube estava no último lugar com um ponto e acabámos em 11.º lugar com os mesmo pontos do nono. Quando cheguei éramos a 17.ª pior defesa… acabámos como a quinta melhor do campeonato. Marcámos 21 golos em nove jogos e sofremos quatro golos, são números muito razoáveis que me deixam orgulhoso dos meus jogadores e do staff. 

- Qual foi a reação dos adeptos com este percurso da equipa?
- As pessoas aqui na Indonésia ficaram favoravelmente surpreeendidas com o nosso desempenho. Adoraram! Entusiasmaram-se muito! Os jogos eram autênticas finais, estádios cheios. Foi uma recuperação inesquecível e isso começou a chamar cada vez mais adeptos!

- Onde foram encontrar forças para dar a volta aos acontecimentos?

- Graças a muita fé, determinação, profissionalismo e persistência no trabalho. Estes argumentos ditaram a nossa recuperação. 

- Não perdia desde quando?
- Desde o dia 19 de janeiro… com o PSM Makassar… aconteceu agora… foi pena acabar assim... 

- E o futuro? Passa pela Indonésia? 
- Não sei… é ponto assente que não fico no Persik Kediri… embora tivesse havido oportunidade de renovar. É complicado continuar aqui… Os adeptos do Persik queriam muito que ficasse na próxima temporada. Eles acreditam que comigo seriamos campeões, o que infelizmente este ano não aconteceu…  

- Ainda pode voltar atrás? O que é preciso para ficar?
- É preciso outro tipo de estrutura para chegar mais longe… para chegarmos aos lugares cimeiros… seria necessário melhorar a qualidade de jogadores e as condições de trabalho… desde centros de treino ao departamento médico… não é só correr, é preciso ter uma boa estrutura para chegarmos a uma equipa madura e sem falhas… 

- É mesmo o adeus?
- Sim, já informei os dirigentes que não vou ficar, mas uma coisa é certa: o clube e os adeptos ficam no meu coração! 

- Qual a etapa seguinte? 
- Há várias possibilidades… 

- Quais? 
- Indonésia, África, Europa… ainda é cedo para decidir…  Nada de concreto. 

- Portugal?
- Tudo é possível… Estou em conjunto com pessoas da minha confiança a equacionar as melhores opções. Quero fazer uma próxima temporada muito boa. Quero chegar ao topo e nunca é tarde para atingirmos os nossos sonhos.