Diogo Nascimento: «Objetivo é subir de divisão o mais rápido possível»
Diogo Nascimento pressionado por David Neres. Foto: D.R.

ENTREVISTA A BOLA Diogo Nascimento: «Objetivo é subir de divisão o mais rápido possível»

NACIONAL06.06.202409:00

Descida de divisão parece não abalar a confiança do jovem médio português, que chegou este ano a Vizela proveniente do Benfica

Diogo Nascimento terminou a época 2023/24 como o jogador com mais partidas no Vizela. Mereceu a pela confiança por parte dos treinadores (Rubén de la Barrera e Pablo Villar) num final de temporada de tristeza para o jovem médio português de 21 anos, com a despromoção à Liga 2. Agora, para jogador natural de Leiria, os objetivos são claros: regressar o mais rápido possível à elite do futebol português.

— O Vizela não cumpriu os objetivos propostos, que era de se manter na Liga pelo quarto ano consecutivo. Que balanço fazes desta temporada que acaba de terminar

— Foi uma época longa e muito difícil porque tínhamos o objetivo de permanecer na Liga e não o conseguimos. Isso deixou-nos muito tristes porque sempre trabalhamos muito durante a época. Individualmente foi a minha estreia na Liga e fico feliz por isso, mas os feitos individuais perdem valor quando os objetivos coletivos não são cumpridos.

— O que falhou?

— Foi um conjunto de vários fatores , muitas vezes fomos superiores aos adversários mas a realidade é que os resultados não apareceram por um motivo ou por outro , um pouco falta de sorte em determinados momentos mas acho que sempre tentamos jogar de igual para igual com qualquer equipa e mesmo tendo em conta a classificação em muitos jogos mostramos muita qualidade. A própria eficácia de que falei mais acima. Houve jogos em criamos muitas oportunidades, mais do que o adversário e acabamos por perder.

— Sentiste diferença na mudança de treinador?

— Existem sempre diferenças nos treinadores, cada um com as suas ideias e claro que se sentiu diferença porque o Mister Rubén [de la Barrera] tem umas ideias e o mister Pablo tinha outras, mas gostei de ambos os treinadores.

— Concordas que houve mudança de atitude por parte dos jogadores nos últimos jogos, logo após o conhecimento da despromoção?

— A atitude foi sempre a mesma, sempre demos o máximo em todos os treinos e em todos os jogos, mas devido ao facto de já termos descido penso que jogamos os últimos dois jogos mais libertos, mas no futebol temos sempre que jogar com pressão, faz parte deste desporto. Além disso, penso que nos últimos jogos tivemos a felicidade de marcar primeiro e isso talvez nos tenha também dado alguma tranquilidade.

— Como avalias a época a nível individual?

— Foi a minha primeira época na Liga e acho que a posso considerar positiva, tive muitos minutos, participei em todos os jogos do campeonato e consegui adaptar-me ao jogo que é muito mais rápido. Tens de pensar mais rápido e que saber jogar com os teus pontos mais fortes. Acho que evolui bastante desde o início até agora e sinto que sou um jogador mais capaz do que no início. Agora é continuar a trabalhar porque existe sempre coisas a melhorar e eu, como jogador jovem, quero crescer cada vez mais.

— Já tens conhecimento do plano da direção do Vizela para a próxima época? Quais os objetivos?

— Tenho a certeza de que o clube já está a preparar tudo para a próxima época e o objetivo vai ser seguramente lutar para subir de divisão o mais rápido possível. A dimensão do Vizela e dos seus adeptos merecem uma equipa na Liga e vamos todos dar o máximo nesse sentido.

— Que mensagem tens para os adeptos que se mostraram muito descontentes na reta final do campeonato?

— Compreendemos o descontentamento porque qualquer adepto quer que a equipa ganhe e que jogue bem, e este ano vivemos muito com a derrota e é compreensível o descontentamento. Agradecer a forma incrível com que sempre nos apoiaram em todos os jogos tanto em casa e sobretudo fora, um muito obrigado aos adeptos. Demos o máximo, mas não conseguimos.

— Gostavas de jogar no estrangeiro? Em que campeonato?

— Acho que quase todos os jogadores têm o sonho de jogar em grandes campeonatos como a Premier League e eu não sou exceção. Também gostava de jogar em Espanha, também é uma liga de grande qualidade e as minhas características enquadram-se com o futebol espanhol.

— Quais os jogadores do Vizela que mais te marcaram?

— Sempre me dei muito bem com todos, o dia a dia no clube é fantástico mas quem mais me ajudou a integrar foi o Nuno Moreira e desde o início se estabeleceu uma grande amizade, o Bruno Wilson também, Samu, Tomás Silva e Matheus Pereira. Mas como disse anteriormente todos foram colegas incríveis.