Diogo Costa: «Se eu não sair do FC Porto serei um homem feliz, mas…»

NACIONAL03.10.202416:30

Guarda-redes português falou sobre o futuro

O FC Porto recebe o Manchester United, esta quinta-feira, no Estádio do Dragão, e Diogo Costa comentou este duelo da segunda jornada da Liga Europa, que tinha tudo para ser um jogo de Liga dos Campeões, elogiando o seu adversário, embora reconheça que não têm tido um bom início de época.

«Sabemos que o Man. United não vem de bons jogos, mas também sabemos o que é o Man. United. Para mim, eles são a maior equipa de Inglaterra, um clube especial e que eu admiro desde criança. É como se fosse um jogo de Liga dos Campeões, sabemos que vai ser um grande jogo. Temos de estar no nosso melhor para ganhar», começou por dizer, em entrevista à BBC, antes de falar sobre uma possível saída do seu clube de formação.

«O que eu digo sempre é verdade… Se eu não sair do FC Porto, o clube que eu amo e no qual aprendi a jogar futebol, então serei um homem feliz, mas todos sabemos o que é a vida de um futebolista», explicou.

O internacional português falou ainda sobre a sua relação com Diogo Dalot, quem considera um «irmão», e elogiou também o outro português do plantel dos ingleses, Bruno Fernandes, que é «um dos melhores jogadores do mundo».

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O guarda-redes ainda revelou dois dos seus grandes ídolos, Vítor Baia, o seu ídolo de infância, e Iker Casillas, com quem jogou no Dragão: «Eu vi e aprendi e queria jogar ao nível do Vítor Baía e ganhar como ele, ele é um grande ídolo meu. Iker é uma grande lenda, eu aprendi todos os dias a treinar coisas técnicas com ele, mas acima de tudo foi a sua mentalidade. Ele é um tipo que quer sempre aprender e até ele costumava dizer... 'Tenho mais de 30 anos, mas ainda estou a aprender coisas', e o melhor conselho que ele costumava dar é que, independentemente da idade, vais continuar a aprender coisas, aproveita, continua a aprender e tenta ser melhor todos os dias», disse, falando, de seguida, sobre Vítor Bruno e André Villas-Boas.

«São duas pessoas que conhecem a história do clube. Querem continuar a trazer títulos e a dar todas as condições para que os jogadores tenham sucesso. Estamos a trabalhar todos os dias para ganhar títulos. Somos uma equipa grande e temos de ser ambiciosos. Acreditamos que podemos ganhar todos os títulos que estamos a disputar», garantiu.

Por fim, foi questionado sobre como se tornou um especialista nas grandes penalidades: «O melhor conselho que posso dar é que ouçam os vossos instintos. Com a vida aprendes sobre as experiências do futebol, tens de sentir esse instinto e segui-lo. Claro que vejo os vídeos dos jogadores que vão bater os penáltis, tudo o que ajuda eu vou fazer. Nos jogos, penso nos vídeos, mas no final é o instinto que me vai fazer decidir naquele momento.»

«Sempre tentei ser o guarda-redes mais completo. Não quero apenas defender penáltis. Não quero apenas jogar com os pés. Quero ir buscar os cruzamentos. Quero fazer a diferença em todos os jogos e não apenas nos momentos especiais [como os penáltis]. Ou seja, o trabalho que faço para mim próprio, para me tornar o guarda-redes mais completo que posso ser. É isso que importa para mim. Acho que tenho muitas coisas para aprender e que tenho de continuar a aprender. Não quero pensar que sou um guarda-redes muito bom, por isso estou sempre a tentar melhorar as minhas capacidades. É esse o tipo de pessoa que sou, quero trabalhar, aprender e acabar por ganhar», finalizou.