Diana e Nádia podem formar dupla seis anos depois: «Temos boas conexões»
Atacantes competem juntas desde as seleções jovens e fazem parte das escolhas de Portugal para os embates com a Bósnia e Herzegovina e Malta; regressam às eleitas após ausências por motivos distintos
Companheiras de equipa desde as seleções de formação, Diana Silva e Nádia Gomes não competem juntas há seis anos quando, em março de 2018, Nádia competiu pela última vez ao serviço de Portugal. Depois de, nessa edição da Algarve Cup, Diana e Nádia se terem substituído uma à outra, as duas avançadas estão preparadas para voltar a jogar juntas e ajudar Portugal frente a Bósnia e Herzegovina, caso Francisco Neto o entenda.
«Se nos imagino a jogarmos juntas? Claro que sim! Estamos as duas na convocatória e como as nossas outras colegas podemos jogar com qualquer outra dupla de avançadas e acho que estamos todas bastante bem», garantiu Diana Silva, suportada pela companheira de equipa e amiga de longa data. «Como a Diana disse, jogar com qualquer uma das avançadas vai ser bom e se formos eu e a Diana ou com qualquer das outras duas ou três avançadas, acho que temos boas conexões e vamos sempre fazer golos», garantiu a atacante de 27 anos.
Construir uma jogada para golo de Portugal é algo que não seria inédito, visto já ter sucedido no passado, na seleção nacional sub-19. Se eventualmente for Nádia a autora de um golo, esse seria o seu primeiro golo naquela que poderá ser a sua primeira aparição como sénior perante uma equipa europeia, visto que compete, há muito, nos EUA - reforçou as Chicaco Red Stars no passado mês - e as suas duas internacionalizações tiveram lugar ante a Austrália.
Um objetivo que a realizaria, assim como assistir ou contribuir ativamente para o êxito português. «Seria bom, mas também tenho muito apoio da minha equipa e gosto de apoiá-las. Acho que iria ficar muito contente, sim (ndr: se marcar), mas também iria ficar contente com uma assistência. Sinto-me num bom nível para apoiar a minha equipa, fazer o meu jogo, um bom jogo, e poder ajudar dentro e fora do campo», garantiu, feliz por poder consumar o regresso às eleitas da equipa portuguesa.
Nádia protagoniza um retorno de longa duração após cinco anos de afastamento e, durante esse processo, ter sido mãe, mostrando-se orgulhosa pelo percurso árduo que protagonizou até regressar à seleção nacional. «Foi um progresso por vezes difícil. Não foi fácil, mas acreditei sempre em mim e que conseguia voltar, tive também muito apoio familiar e treinadores que me ajudaram todos os dias e isso facilitou o meu regresso. Só quero agradecer a toda a gente que me ajudou e tem ajudado», salientou.
Diana Silva representa um retorno aplaudido pelo próprio selecionador pela importância que tem na equipa - 101 internacionalizações e o estatuto de quarta melhor marcadora de sempre da equipa das Quinas, com 20 golos marcados, e a apenas três do pódio absoluto das goleadoras nacionais. Marcar a Bósnia e Malta é um dos objetivos da avançada do Sporting...mas esta não olha a números e apenas espera voltar a ser útil à equipa.
«Quem me conhece sabe que nunca olhei para os números, é claro que gosto sempre de ajudar a seleção. Isso é sempre sinal de que estou bem, que estou a render e estou a um bom nível e espero que isso continue, se for a marcar golos então muito melhor, mas para mim fazer assistências, jogar bem, dar o meu contributo para a equipa noutras coisas é também importante. Se vier com golos ainda melhor, e se poder entrar no pódio também seria a cereja no topo do bolo», reconheceu.
Habituada a disputar estas fases de qualificação, Diana Silva não olha para a Bósnia e Herzegovina e Malta com qualquer sentimento de sobranceria, mostrando respeito pelos dois oponentes, começando pelas bósnias. «Primeiramente, acho que não podemos desvalorizar adversário nenhum porque já estivemos numa situação em que estivemos num ranking muito mais abaixo e conquistámos tudo o que temos agora. Não podemos, de todo, desprezar o adversário, seja ele qual for», vincou a atacante.