Diablito Echeverri imita Messi e destroça Brasil de Estêvão Willian
Echeverri em ação diante da Polónia (Foto: Xinhua/IMAGO)
Foto: IMAGO

Diablito Echeverri imita Messi e destroça Brasil de Estêvão Willian

INTERNACIONAL24.11.202316:03

Hat-trick do jovem avançado do River Plate coloca Argentina nas meias-finais do Mundial sub-17

O Brasil, campeão em título, era favorito, porém a Argentina, liderada pelo antigo internacional Diego Placente, venceu por 3-0 e qualificou-se para as meias-finais do Campeonato do Mundo sub-17 que se realiza na Indonésia. Toda a gente queria ver em ação Estêvão Willian e foi Claudio Echeverri quem fez um hat-trick e reclamou todos os elogios.

Diablito tornou-se o primeiro argentino em todas as classes etárias a marcar três golos ao Escrete em jogos oficiais depois de Manuel Seoane na Copa América, em 1925. O ídolo Lionel Messi (ver segundo vídeo abaixo) tinha conseguido feito idêntico, todavia num particular em 2012 (4-3). Na terça-feira, a seleção das Pampas defronta outro colosso, a Alemanha.

No embate com a Canarinha, Echeverri somou aos três golos conseguidos em 75 minutos em campo 15 passes com 93 por cento de acerto, sete remates, 6 dribles bem-sucedidos em 8, 10 em 15 duelos ganhos, um desarme e um alívio na sua área. Esteve absolutamente endiabrado. Faz sentido, tendo em conta a alcunha.

O médio ofensivo (número 10 à antiga) destro, que faz lembrar um pouco Pablo Aimar, é muito rápido, ágil, técnico e criativo, o que faz com que domine o passe, o drible e a visão de jogo na perfeição. É um jogador explosivo e vertical, e embora também esteja focado nos momentos sem bola usando a velocidade e aceleração como argumentos para recuperá-la, pode melhorar no posicionamento e na sua contribuição. É imprevisível nas suas movimentações e decisões, gosta de vaguear pelo campo e ainda junta outro atributo comum para a posição: é um excelente marcador de bolas paradas.

Echeverri cresceu como hincha do River Plate e reclama agora mais atenção na equipa liderada por Martin Demichelis. Longe vão os tempos em que os olheiros dos Millonarios Claudio Otermin e Daniel Brizuela se espantaram com o que lhe viram fazer no clube do bairro, o Deportivo Luján, foram falar com os pais e encontraram um verdadeiro santuário do clube de Buenos Aires, com fotos de antigos craques, no seu quarto. Tinha dez anos. Hoje, treina com a equipa principal à espera da afirmação, que depois de hoje pode ter mesmo ficado mais perto.

O jovem tem ainda no seu percurso a fratura de uma vértebra lombar em 2022, que superou com uma força mental pouco comum para a idade. Apoiou-o com palavras de incentivo Marcelo Muñeco Gallardo, que muitas vezes o convidou para os habituais churrascos em sua casa, já que era amigo do filho Santino, colega em várias equipas de formação do River. Antes, aos 15 anos, também recebeu suplementos nutricionais que o tornaram fisicamente mais apto para a alta competição e para o jogo argentino mais físico. 

Claudio Echeverri marca ao Japão (Foto: IMAGO / Agencia-MexSport)

Echeverri tem contrato até ao final de 2025 e uma cláusula de rescisão de 25 milhões de euros – entretanto a ser renegociada –, o que o coloca agora a tiro dos gigantes do futebol europeu, depois de cinco golos, três assistências e múltiplas ações de classe durante a competição que decorre na Indonésia. Números que só podem inflamar um interesse que já vem de trás, uma vez que Real Madrid, PSG e Milan têm tido olheiros em muitos dos seus jogos. O facto de se manter tranquilo perante o interesse externo mostra também a sua solidez mental, tendo esperado calmamente a estreia, o que aconteceu já um junho deste ano diante do Instituto Córdoba (soma 4 jogos e 1 assistência).