Di María bate recorde de golos de penálti
Três golos apontados dos 11 metros numa única época é feito inédito na longa carreira do internacional argentino; só no regresso à Luz passou a ter o estatuto e taxa de sucesso é de 100 por cento
Ángel Di María nunca marcou tantos penáltis numa única época desportiva como na atual. Com os dois golos apontados anteontem, frente ao Toulouse, o internacional argentino somou o terceiro golo da marca dos 11 metros em 2023/2024, um tipo de experiência que nunca havia vivido numa carreira tão longa.
A explicação para esta particularidade encontra-se no facto de o esquerdino nunca ter sido o marcador oficial das grandes penalidades nas equipas por onde passou, seja ao nível de clubes ou na seleção. Só aos 35 anos, no regresso às águias, Di María passou a ter esse estatuto, ultrapassando João Mário, numa decisão assumida publicamente por Roger Schmidt.
Na primeira passagem pelo Benfica, por exemplo, o sul-americano tinha à frente homens como Óscar Cardozo ou Rui Costa; no Real Madrid o exclusivo pertencia a Cristiano Ronaldo; no Manchester United, o papel cabia a Wayne Rooney e Van Persie; no PSG eram muitos os craques à frente dele, começando em Ibrahimovic e Cavani, passando por Neymar e terminando em Mbappé e Messi. Até na Juventus essa função cabia a outros, com o avançado sérvio Vlahovic à cabeça.
No que diz respeito à seleção Argentina sucedia o mesmo: Messi sempre foi o responsável máximo pelas grandes penalidades.
Só faturara metade
Até voltar a vestir a camisola encarnada, Di María só tinha marcado quatro penáltis em jogos oficiais, em clubes e seleção, excluindo desempates dos 11 metros. Porque não foram assim tantas as oportunidades para o fazer, mas também devido à baixa taxa de concretização, uma vez que até regressar ao clube que o projetou na Europa o extremo de 36 anos falhara metade das conversões.
15 fevereiro 2024, 21:33
Vídeo: penálti de Di María desfaz o nulo na Luz
Árbitro foi ao VAR para assinalar grande penalidade a favor das águias
Di María marcou dois penáltis pela Juventus (Nantes, Liga Europa; Atalanta, Serie A), um no PSG (Metz, Ligue 1) e outro pelo Real Madrid (Olimpic Xativa, Taça do Rei). Por sua vez, falhou um ao serviço da seleção argentina nos Jogos Olímpicos de Pequim-2008 (Sérvia), um pelo Real Madrid (Dortmund, Champions) e dois com o equipamento do PSG vestido (Toulouse, Ligue 1; RB Leipzig, Champions).
No Benfica, pelo contrário, a taxa de concretização é de 100 por cento: três golos em três penáltis — um frente ao Gil Vicente (Liga, Barcelos) e os dois diante do Toulouse (Luz), para a primeira mão do play-off de acesso aos oitavos de final da Liga Europa. Tardou, mas o estatuto chegou. E sem falhas, para já.