Destaques do Sporting: Quanto mais escura a noite, mais brilhantes as estrelas
Leões sentiram dificuldades mas talento de Trincão conduziu equipa para a vitória (DR)

Destaques do Sporting: Quanto mais escura a noite, mais brilhantes as estrelas

NACIONAL29.03.202423:09

Sem Pote ou Edwards foi o talento de Trincão a desbloquear o jogo na Reboleira. Paulinho conseguiu a eficácia que (estranhamente…) faltou a Gyokeres. Inácio foi decisivo para etapa final muito competente

Melhor em campo: Trincão (8)

Estrela. A que mais brilhou na Reboleira. Sem Pedro Gonçalves (lesionado) ou Edwards (que não saiu do banco) foi o esquerdino que soltou o talento, sendo um verdadeiro revolucionário assim que a equipa se viu em desvantagem. Brilhante a forma como conduziu, driblou, geriu quase todo o jogo do leão. Assistiu Paulinho no primeiro golo, mas tentou fazer o mesmo (com idêntica mestria) a Morita (25’) e Gyokeres (57’). Também foi de um remate seu que haveria de sair o segundo golo com Nuno Santos, letal, na recarga. Só faltou mesmo o golo, que esteve muito perto de acontecer (84’), o que, diga-se, seria um prémio justo a uma exibição ao nível das melhores que teve esta temporada.

Franco Israel (5)
Penalizado. E muito pela abordagem muito negativa no lance do golo amadorense apontado por Bucca. Uma saída em falso num canto aproveitada pelo argentino. Acabou por redimir-se com algumas intervenções de nível elevado, a mostrar bons reflexos a remate de Léo Cordeiro (15’) e Kialonda Gaspar (35’). Um erro que não foi fatal mas poderia ter sido…

St. Juste (6)
Articulado. Com um corredor direito muito dinâmico, composto também por Geny Catamo e Trincão, o neerlandês esteve sempre ligado ao jogo, com ritmo elevado, concentrado, com timing perfeito para arriscar algumas subidas e muito veloz a atacar o espaço nas recuperações defensivas.

Diomande (6)
Sereno. Mais do que o habitual. Estando em risco de exclusão caso fosse admoestado com um cartão amarelo, o costa-marfinense tentou evitar alguns duelos, jogou de forma segura, não se expondo ao erro, tentando vigiar a boa profundidade de Kikas. Uma noite positiva, sem sobressaltos, a fazer a vez de Coates, no eixo central, com voz ativa também na liderança.

Matheus Reis (5)
Problemática. A marcação cerrada a Léo Jabá… O amadorense foi sempre o elemento mais perigoso, muito forte na pressão, a obrigar o defesa leonino a cometer alguns erros. As muitas ameaças do adversário direto (e o amarelo…) levou a que ficasse no balneário ao intervalo.

Geny Catamo (7)
Genial. Está feito um ala completo. Muito energético e criativo a atacar, atento e comprometido com as tarefas defensivas (onde está a crescer cada vez mais), com papel decisivo na vitória leonina. Iniciou o lance do primeiro golo (a lançar Trincão), vários cruzamentos perigosos, muita audácia, destemido, mesmo sendo massacrado com faltas. Manteve-se firme e foi um dos mais influentes.

Morita (5)
Cauteloso. Sem o fulgor para transportar na zona central, algum receio a meter o pé aqui ou ali – uma perda de bola quase fatal a Léo Cordeiro (15’) – foi sempre tentando compensar pelo bom posicionamento. Ainda esteve perto de marcar (25’), a excelente passe de Trincão, mas foi lesto a decidir e Brígido foi mais eficaz.

Bragança (6)
Presente. Sobretudo na segunda parte, na qual conseguiu, em espaços reduzidos, libertar-se da pressão e sair com critério para lançar o ataque. Com uma visão periférica do jogo, notável a forma como foi em, um ou dois toques, assistir Nuno Santos (51’) ou Gyokeres (59’).  

Nuno Santos (7)
Oportuno. No lance do segundo golo, apontado pelo esquerdino, veloz a atacar a bola e inteligente a acompanhar o lance, na recarga a remate de Trincão. Ainda assustou (11’), ao agarrar-se à coxa direita (um dos pesadelos dos adeptos nesta altura…) mas recuperou e foi a tempo de assinar exibição de nota positiva.

Gyokeres (7)
Insatisfeito. Bem visível no rosto do sueco nas inúmeras vezes em que teve perto de marcar. Um dos que mais correu, o que mais rematou, o que mais tentou e cavalgou a equipa para a frente mesmo perante a marcação apertadíssima de Miguel Lopes. Ocasiões? Aos 9’, de cabeça, aos 57’, com defesa de Brígido, aos 59’ atirou ao ferro e aos 83’, de livre, obrigou a nova (grande defesa). Não marcou, o que para ele parece ser sempre mau, mas longe de ser uma noite negativa…

Paulinho (7)
Letal. Provavelmente um dos que menos tocou na bola, mas, nas poucas vezes que isso aconteceu, foi determinante. No belo golpe de cabeça no lance do golo, em várias dinâmicas ofensivas a libertar Gyokeres e Trincão, na agressividade ofensiva (e também defensiva). Incansável.  

Suplentes

Gonçalo Inácio (7)
Determinante. Para uma segunda parte do leão mais criteriosa defensivamente, a segurar preciosa vantagem, com um corte decisivo a Kikas (53’) e ainda esteve perto de marcar (47’), de cabeça.

Esgaio (5)
Competente. A fechar o corredor direito (e até acabou por terminar na esquerda também…), sem complicar.

Hjulmand (5)
Inteligente. Na gestão, com e sem bola, num posicionamento perfeito no miolo, a conseguir recuperar e a bloquear caminhos ao adversário em zonas mais adiantadas.  

Eduardo Quaresma (-)
Escasso. Para mostrar algum serviço face aos poucos segundos que esteve em campo…