Matheus, ferros e pouca pontaria até impediram Pote (13’ e 29’) e Nuno Santos (37’, 45’ e 64’) de tentarem o Puskás; sueco quase neutralizado... e nada resultou na zona de tiro; Inácio e Esgaio 'réus' no lance que ditou o adeus à Taça da Liga
Melhor do Sporting: Nuno Santos (7)
Estilo fora do campo e classe dentro dele, numa exibição de belo recorte, a desenhar duas obras de arte que bem poderiam ter ajudado a nova candidatura ao Puskás. Já lá vamos... Serviu Trincão para remate aos 23’, tirou as medidas à baliza em remate perto do poste aos 32’ e cinco minutos depois encheu o pé esquerdo para remate devolvido pela trave com estrondo que se ouviu na Marinha Grande - que golo seria... Ainda antes do intervalo novo lance mágico: remate de trivela na área com efeito espetacular e... ao poste. No meio de tanto azar só não teve discernimento num remate aos 64’, a cruzamento de Gyokeres (numa rara aparição do sueco no jogo...), que pedia menos força e mais colocação.
FRANCO ISRAEL (6) — Entrou cedo no jogo ao suster remate (2’) de calcanhar de Horta junto ao poste esquerdo, mas seguiu-se meia hora como espectador, até que aos 33’ fez defesa a dois tempos com Djaló por perto. Só voltaria a ver a bola rondá-lo com perigo quando Abel Ruiz saltou sozinho para fazer o 1-0, sem lhe dar hipóteses. Ainda manteve os leões em jogo com dupla grande defesa a remates de Gómez e Horta aos 75’, caso contrário o leão teria ficado KO nesses instantes.
EDUARDO QUARESMA (7) — Foi precipitado no lance que lhe valeu amarelo logo aos 15 mas não se deixou limitar nas ações defensivas e foi quase sempre implacável lá atrás, dando ainda uma mãozinha lá na frente e arrancando, aos 43’, ovação com uma roleta seguida de arrancada até à área e remate desviado por Matheus. Foi sólido até ao 1-0, lance em pareceu fiar-se (mas mal...) em Esgaio, mas depois o SC Braga apertou nos últimos 15’.
Depois de uma hora de massacre leonino, internacional espanhol entrou e, cinco minutos depois, fez o golo da vitória. Antes, brilharam não só o guarda-redes, mas também Paulo Oliveira, que ganhou o(s) duelo(s) com Gyokeres
COATES (6) — Saiu aos 68’ para dar lugar a Matheus Reis, até aí com jogo quase sempre autoritário lá atrás, implacável, até, pelos ares e com Djaló à ilharga. Acabou sacrificado depois do 1-0 (em que foi apanhado em terrenos mais adiantados), dando o lugar a Matheus Reis.
GONÇALO INÁCIO (4) — O jogo 150 pelos leões não lhe correu de feição. Entregou bola a Djaló no primeiro tempo num desentendimento com Pote e foi dele o mau alívio de cabeça que originou o lance do golo, em que ainda permitiu a Zalazar cruzar com conta, peso e medida para a cabeça de Ruiz, que não perdoou.
ESGAIO (4) — Não estava a fazer jogo com rasgos, nem isento de erros, com um ou outro passe mal medido, mas borrou a pintura por completo no lance que decidiu o jogo, deixando escapar Abel Ruiz pelas costas de forma quase infantil...
HJULMAND (6) — Varreu a entrada da casa várias vezes, afastando a bola de convidados indesejados, e lidou com a elevada pressão do miolo bracarense, que se intensificou mais no segundo tempo, o que, conjugado com o balanceamento ofensivo dos leões, acabou por ter efeitos nefastos.
PEDRO GONÇALVES (6) — Foi dele o primeiro bruá do jogo, aos 13’, num remate do meio da rua que abanou os ferros da baliza de Matheus e que, a ser golo, bem o poderia fazer rivalizar com Nuno Santos para segunda candidatura leonina ao Puskás. O repentismo do primeiro tempo não o recompensou como merecia, como se viu em remate arqueado aos 28’ após boa combinação com Nuno Santos. A pouca sorte no jogo confirmou-se no remate a rasar o poste aos 59’, após combinação com Trincão, antes da última tentativa, aos 90+2, à figura de Matheus.
MARCUS EDWARDS (5) — Algo discreto na primeira parte, ainda bailou na área aos 13’, seguindo-se boa abertura para Nuno Santos aos 23’, para chance de golo para Trincão. Depois disso, aos 54’ lançou Gyokeres para o melhor momento do sueco no jogo e acabou por eclipasar-se, saindo aos 76’.
GYOKERES (5) — Alvo de vigilância apertada, neutralizado por José Fonte e Paulo Oliveira, só apareceu aos 31’ com remate bloqueado, e aos 45+1’, quando viu amarelo por cavar penálti... Viu-se a primeira (e única) chance de golo aos 54’, numa transição rápida que culminou com remate a rasar o poste, ao qual se seguiu má decisão aos 55’, quando devia ter rematado em vez de retribuir o passe de Edwards. Foi (quase) enjaulado, mas não foi por isso que o Sporting perdeu.
TRINCÃO (6) — Segurou a titularidade, mudou de flanco e ajudou a equipa a rolar pela esquerda. Rematou em três ocasiões, na segunda, aos 23’, chance de golo que lhe foi negada por Matheus, com defesa apertada.
PAULINHO (4) — Amorim só mexeu depois da hora de jogo e já com o SC Braga a vencer, colhendo os frutos de ter arriscado dupla Abel Ruiz/Djaló na frente. Paulinho foi a jogo para replicar mas mal teve bola, não conseguindo alvejar a baliza uma vez que fosse...
MATHEUS REIS (4) — Entrou quando o mal já estava feito e ainda levou com o melhor momento do SC Braga, que cheirou o sangue do leão ferido e correu atrás do golpe final.
DANIEL BRAGANÇA (5) — Foi a terceira e última substituição de Rúben Amorim, quando o Sporting queria correr atrás do prejuízo e já estava mais a correr atrás de SC Braga, que cresceu com o 1-0. Ainda tentou esticar o jogo lá na frente, chegar ao último terço, mas o SC Braga já estava a defender com tudo e todos e a missão tornou-se... impossível.