13 setembro 2024, 22:09
VÍDEO: classe de Trincão no terceiro golo do Sporting
Extremo português fintou vários adversários e atirou a bola para o fundo das redes, num remate sem hipótese para o guarda-redes
Deslumbrante o momento de forma do extremo dos leões, com mais um golo e uma assistência. Indecifrável como o selecionador nacional lhe faz 'vista grossa' na equipa das Quinas. Gyokeres do costume e regresso seguro de Debast ao onze
MELHOR EM CAMPO: TRINCÃO (nota 8)
O momento de forma avassalador do número 17 do leão não é de agora, tem vários meses e, depois de uma dupla jornada na Seleção em que teve um redondo número de minutos de utilização (zero), voltou a aparecer com confiança inabalável, que o transporta a ele e ao jogo ofensivo do Sporting para um outro patamar. Parte para cima dos adversários, inventa espaços para jogar, marca, assiste e sempre ligado ao jogo, o que, antes, sem esta confiança, não acontecia. O golaço, depois de deixar dois adversários pelo caminho, foi a cereja no topo do bolo de uma exibição de gala onde já tinha assistido Pedro Gonçalves. Só mesmo Roberto Martínez poderá responder a essa pergunta em que todos estamos a pensar: porque é que Trincão e Pote não 'contam'?
13 setembro 2024, 22:09
Extremo português fintou vários adversários e atirou a bola para o fundo das redes, num remate sem hipótese para o guarda-redes
6 FRANCO ISRAEL - Chamado à ação depois da lesão de Kovacevic, o guarda-redes uruguaio teve uma noite bastante tranquila em Arouca. Boa saída a soco aos 39' e a primeira defesa digna de registo surgiu apenas aos 50', mostrando a mesma segurança aos 79', num remate de fora da área.
7 ZENO DEBAST - Virada a página depois de uma estreia na Supertaça que deixou muito a desejar, o central belga voltou a merecer a confiança de Amorim para o onze… e correspondeu. Muito seguro lá atrás na antecipação a sobressair nos passes progressivos, com Gyokeres como principal cliente.
6 GONÇALO INÁCIO - As mexidas na defesa não o afetaram e assumiu o papel de patrão ao meio. Teve grande ocasião para marcar (45+1’), num cabeceamento após livre de Pedro Gonçalves, e revelou excelente ocupação do espaço. Passe de 60 metros teleguiado para Nuno Santos no lance que daria o 2-0 mas foi anulado no VAR.
5 MATHEUS REIS - Batido no primeiro lance do jogo, talvez surpreendido pela fuga de Jason nas costas. Daí em diante, optou por jogar na contenção, sem grande risco, e não comprometeu. É uma opção fiável e que dá garantias ao treinador, seja como central pela esquerda ou como ala.
5 GEOVANY QUENDA - Quiçá a paragem para as seleções lhe tenha tirado o embalo que trouxe desde a pré-época até ao clássico com o FC Porto, mas, apesar de sempre irrequieto, não conseguiu definir da melhor forma no momento do último passe. Foi agitando com alguns esticões pela direita até sair, aos 78', quando Rúben Amorim já pensava noutras núpcias europeias.
5 HJULMAND - A habitual âncora do meio-campo, essencial na estabilidade defensiva da equipa e que permite ao diabólico trio da frente espalhar o terror nas defesas adversárias. Com Bragança a pisar terrenos mais avançados, viu-se obrigado a ter raio de ação mais limitado em comparação ao que acontece quando joga ao lado de Morita. Também substituído aos 78' para gestão física do capitão.
7 DANIEL BRAGANÇA - Ao contrário de Hjulmand e Morita, ficou a trabalhar com Amorim na Academia durante a paragem para as seleções e justificou plenamente a escolha. Atrevido e a espreitar brechas na defesa para entrar na área e confundir marcações e com a habitual qualidade com bola, ficou perto do golo aos 43', num remate de fora da área, intenção negada com defesa apertada de Mantl. A segunda parte, com o enorme controlo por parte da equipa, foi um autêntico passeio no parque para Bragança. Está feito um médio completo em todas as componentes do jogo.
6 NUNO SANTOS - A habitual energia e entrega pela ala esquerda. Muito ativo, sobretudo na primeira parte, em que arrancou alguns cruzamentos venenosos. Não ficou diretamente ligado ao resultado porque o VAR descortinou o fora de jogo milimétrico que daria o 2-0, aos 61'.
7 GYOKERES - Dizer que marcou já quase não é notícia, mas quando o sueco só marca um e fica a saber a pouco entende-se o nível de expectativas que há sobre si em cada jogo. Na primeira parte foi um verdadeiro 31 para o 31 do Arouca, Loum, que foi o polícia de serviço e o seguia para todo o lado mas sem muito poder fazer para travar a potência do goleador, que, aos golos, junta arrancadas, tabelinhas, dribles, enfim, uma panóplia sem fim de recursos. O penálti representou o sétimo jogo seguido a marcar e o 11.º golo em 8 jogos esta temporada quando vamos a meio de setembro... Impressionante.
7 PEDRO GONÇALVES - Deixou a ala esquerda para Nuno Santos subir e descer e procurou terrenos mais centrais para combinar com Gyokeres. À ponta de lança, marcou de cabeça no coração da área e aos 45+1' colocou a bola com olhos na cabeça de Inácio, ficando à beira de mais uma assistência. O nível habitual depois de, como Trincão, também ter caído (quase, já que teve direito a jogar os descontos frente à Croácia) no esquecimento do selecionador, Roberto Martínez...
5 DIOMANDE - Vindo do banco, entrou algo desconcentrado, logo teve perda de bola comprometedora junto à área, mas Franco Israel resolveu sem problema de maior. Depois acertou, numa altura em que o resultado estava feito e, por isso, ficou a missão muito mais facilitada.
5 CATAMO - Foi poupado depois do desgaste pela seleção de Moçambique, entrou com energia para a ala direita e ainda muito a tempo de criar perigo num remate ligeiramente ao lado.
5 MAXI ARAÚJO - Aí está a estreia do ala esquerdo em quem os adeptos muito acreditam. Não se mostrou nada envergonhado e revelou ter grande sentido de baliza.
5 MORITA - O relógio suíço do costume no meio-campo.
5 EDWARDS - Entrou com vontade e, ao seu estilo, ainda lançou o caos pelo lado direito do ataque.