Sporting-FC Porto, 2-0 Destaques do Sporting: Gyokeres colocou gelo no fogo de um dragão em crescimento

NACIONAL31.08.202423:20

Goleador do Sporting volta a ser determinante e desatou um nó complicado no clássico com o FC Porto. Hjulmand brilhou na luta na zona intermédia, mas o momento da noite de Alvalade estava guardado para o fim com um monumental golo de Geny Catamo

Melhor em campo: Gyokeres (nota 8)

Depois de mais um mercado a escapar aos tubarões europeus, o possante avançado do Sporting vai somando vítimas no futebol português. Já havia marcado ao FC Porto e ontem à noite voltou a ser decisivo no lance que decidiu a partida, com uma arrancada triunfal, depois de uma má abordagem de Otávio, sendo apenas travado à margem das leis pelo brasileiro do FC Porto. Começou por ter um remate às malhas laterais bastante perigoso (25), depois foi servido por Pedro Gonçalves e quase fez o primeiro. No início da segunda parte desviou a bola na direção da baliza de Diogo Costa, mas Alan Varela salvou sobre a linha de golo. Mas o goleador não desistiu e acabou por desatar um nó complicado, ao ganhar e apontar o primeiro tento. Mais uma exibição portentosa do gigante sueco.

7 KOVACEVIC — Numa noite em que não teve grande trabalho, é um facto, foi chamado a intervir em duas situações e ambas de golo. Travou dois remates perigosos de Galeno, com a bola a bater no relvado antes de chegar a si, mas soube aliviou o perigo com duas palmadas. Revelou-se seguro no reencontro com o FC Porto, depois das más recordações da Supertaça Cândido de Oliveira.

6 EDUARDO QUARESMAPepê nunca se revelou um verdadeiro perigo, mas os maiores problemas que sentiu foi com Galeno, que apareceu amiúde na sua zona de jurisdição e por duas vezes colocou Kovacevic à prova.

6 DIOMANDE — O internacional costa-marfinense esteve sempre atento às movimentações de Danny Namaso, mas o inglês foi sempre presa fácil. Raramente importunou a baliza de Kovacevic e foi sempre fácil adivinhar o seu comportamento dentro das quatro linhas.

6 GONÇALO INÁCIO — Manteve sempre debaixo de olho o espanhol Iván Jaime e não lhe deu praticamente nenhuma veleidade. Muito seguro a defender e atrevido a atacar, sobretudo nos lances de bolas paradas. É já uma imagem de marca do internacional português.

6 GEOVANY QUENDA — A sua juventude não se nota em campo, tal a forma desinibida como encara cada lance e parte para cima dos adversários. Galeno, diga-se, numa foi fácil de ultrapassar, mas foi também perigoso nos cruzamentos que efetuou para a área, sempre na procura da cabeça de Gyokeres.

7 HJULMAND — Um regresso em grande à equipa, com uma exibição à sua imagem. De força, segurança e lucidez na abordagem a cada lance. Anulou por completo as ações de Nico González, que poderia ser um foco de desestabilização para a defesa leonina. Foi um verdadeiro patrão e terminou o clássico esgotado, sendo alvo de uma merecida ovação.

6 MORITA — Muitas vezes fica a sensação de que se esconde no jogo, mas na fase de pressão é de uma importância brutal para a equipa de Rúben Amorim. Na primeira parte teve o ensejo de criar perigo para a baliza de Diogo Costa, mas o remate não levou a direção desejada.

7 GENY CATAMO — Sempre a procurar jogo interior, o moçambicano quis libertar-se das amarras de Galeno e Pepê, mas nem sempre o conseguiu. Mas o momento da noite estava guardado para o final do encontro, numa arrancada sensacional, desferindo um remate forte e colocado, que fez a bola anichar dentro da baliza de Diogo Costa e deixou Alvalade em verdadeiro êxtase.

6 TRINCÃO — Causou a primeira sensação de golo no covil dos leões, mas o remate que levava selo de golo foi travado pelo corpo de Zé Pedro. Depois, escapou à marcação impiedosa dos opositores diretos e rematou na direção da baliza, mas mais uma vez o alvo não foi atingido. Foi bastante castigado pelos adversários com faltas duras. Agora terá tempo para mostrar o seu talento ao serviço da Seleção Nacional em jogos relativos à Liga das Nações.

7 PEDRO GONÇALVES — Comprovou o bom momento de forma que atravessa, começando por fazer um passe de morte para Trincão, mas Zé Pedro estava lá para dar o corpo às balas. Com total liberdade na frente de ataque, o português criou bastante problemas para a defesa portista e cotou-se, uma vez mais, como uma unidade nuclear no Sporting.

5 DEBAST — Entrou numa altura em que Eduardo Quaresma já dava sinais claros de fadiga. A intenção de Rúben Amorim foi dar mais consistência à defesa, numa altura em que o FC Porto apostou tudo no ataque. Cumpriu a preceito a sua missão, não dando espaço aos seus opositores diretos.

5 MATHEUS REIS — Com Geovany Quenda já desgastado fisicamente, o brasileiro entrou para fechar o lado esquerdo do Sporting, evitando que Gonçalo Borges, também recém-entrado, pudesse criar desequilíbrios com a sua velocidade e técnica.

(--) DANIEL BRAGANÇA — Com uma vantagem confortável no marcador, o médio foi responsável pelo ritmo de jogo que o treinador do Sporting desejava, pausado, evitando que o FC Porto pudesse acelerar em busca de transições rápidas que poderiam resultar em golo. E fez o seu trabalho com a mestria que se lhe reconhece.

(--) NUNO SANTOS — Pouco minutos em campo, insuficientes para o esquerdino mostrar serviço. Ajudou a segurar uma vantagem precisa sobre um adversário direto na luta pelo título.