Destaques do SC Braga: Djaló de serviço, guerreiros em dia de folga
Extremo assumiu quase em exclusivo a construção ofensiva da equipa
O melhor do SC Braga: Álvaro Djaló (5)
Não entrou bem na partida e até foi dele a falta discreta, mas falta, que daria a oportunidade a Francisco Conceição de colocar a bola na cabeça de Fábio Cardoso. Sem receio e sem complexos, procurou assumir a responsabilidade ofensiva da equipa, tentando chegar rapidamente ao meio campo portista apoiado na sua velocidade. Mas só ao minuto 24 conseguiu realmente a primeira fuga com perigo: disparou francamente mal. Não obstante, manteve o FC Porto em alerta e ao minuto 32 combinou bem com Borja na origem da melhor ocasião do SC Braga. Segundo tempo de tentativa e erro, batendo quase sempre de frente na muralha portista. Mas foi o guerreiro que a equipa teve.
Matheus (4) — Foi-lhe assinalada falta sobre Evanilson dentro da área, penálti para o FC Porto, mas a responsabilidade do lance pertence quase toda a Borja. O guarda-redes do SC Braga já foi ao lance em modo de SOS. No penálti propriamente dito, poderia ter feito melhor: bola disparada para o meio, bola rasteira, passando por baixo das pernas do guardião. Aos 69’ segurou nas calmas disparo de longe de Toni Martínez. Deve estar com a estranha sensação de ter sofrido dois golos num jogo estranhamento pouco trabalhoso.
Víctor Gómez (5) — Um mau atraso inicial para Matheus mostrou que havia alguns nervos, mas até nem foi dos jogadores que se afastaram mais do seu real valor. Mesmo com preocupações permanentes do ponto de vista defensivo, lá foi tentando envolver-se em tarefas ofensivas, mas sem grande sucesso. E nunca se entregou, face à dureza da desvantagem.
José Fonte (5) — Ao minuto 37 levou tremenda bolada de Pepê, mas dificilmente não seria golo se assim não fosse. Antes, porém, já mostrara ser o mais sólido dos centrais bracarenses. Não foi perfeito, longe disso, mas manteve a linha defensiva de pé, o que não pode ser considerado tarefa fácil tendo em conta o que foi visto.
Paulo Oliveira (3) — Deixou fugir Fábio Cardoso no lance do 1-0. Estava entre o central portista e a baliza e olhou inclusivamente para ele antes de a bola partir, mas à primeira aceleração perdeu-o de vista. Ao minuto 37’, a bola de Pepê foi direitinha ao seu braço, que funcionou como desvio oportuno. A segunda parte não foi muito superior à primeira, falhou pelo menos dois passes de média/longa distância e num dos casos ainda agravou a situação com falta e amarelo.
Borja (4) — Belo cruzamento para Ricardo Horta ao minuto 32, oferecendo o golo, naquela que foi a melhor oportunidade do SC Braga no encontro. Estava relativamente bem no jogo, mas o intervalo deve ter-lhe feito mal. Que disparate tremendo no arranque da segunda parte! Tentou fazer um drible que, pelos vistos, não domina e foi já em modo de emergência que evitou perder a bola para Francisco Conceição. O problema é que adiantou a bola e permitiu que Evanilson chegasse primeiro e entrasse na área e o resto é história: penálti para o FC Porto e 2-0. Uma pena, pois estava bem na partida. Não pode dizer-se que não te tenha recomposto, mas não foi a mesma coisa.
João Moutinho (5) — Tentou compensar os défices da equipa, com bola mostrou a qualidade do costume, mas passou sobretudo tempo a correr atrás dela.
Zalazar (4) — Tentou a sorte ao minuto 56, mas estava com pontaria (e inspiração) bem diferente da que se lhe viu na Luz. Bola muito longe da baliza portista. E não foi apenas o remate que não esteve bem.
Vítor Carvalho (4) — Falhou o tempo de entrada à bola em pelo menos dois momentos na primeira parte, originando faltas e um cartão amarelo. Saiu sem surpresa ao minuto 59.
Ricardo Horta (5) — Que ocasião aos 32’! Servido por Borja, desviou mesmo em frente à baliza, mas Diogo Costa ganhou o duelo. Ao minuto 62, uma segunda tentativa, mas não acertou bem na bola. Inspiração limitada, prevaleceu a vontade.
Abel Ruiz (4) — Não andou longe de Fábio Cardoso no lance do 1-0, mas a marcação era de Paulo Oliveira. Ofensivamente, o ponta de lança raramente foi visto.
André Horta (5) — Entrou aos 59’, o objetivo era dar qualidade à posse de bola e ao passe. A primeira vez que deu nas vistas não foi positiva, agarrou Pepê e escapou ao amarelo, mas ao minuto 64, então sim, disparou de longe, com algum perigo. Ao minuto 77, bem colocado em zona frontal, quis aplicar demasiada força ao remate e a bola saiu muito alta. E foi tudo.
Roger (5) — Entrou aos 75’, aos 87’ ainda tentou a sorte, de cabeça, em plena área portista, mas foi neutralizado por Diogo Costa.
Adrián Marín (-) — Entrou ao minuto 75 e fez uns quantos cortes e interceções, só isso.
Pizzi (-) — Entrou aos 85 minutos, tarde e sem efeito.
Rony Lopes (-) — Entrou ao minuto 86, ainda a tempo de um remate fraco à baliza portista.