Destaques do SC Braga: Carvalho e Horta colocaram a engrenagem do arsenal a funcionar
Objetivos alcançados por parte de Carlos Carvalhal na estreia no comando técnico do SC Braga; Minhotos foram pragmáticos, ponderados, mas souberam mostrar engenho técnico na hora de marcar
A figura: 7 - Vítor Carvalho
O médio centro brasileiro foi o cérebro das operações do SC Braga durante o jogo na Suíça. Demonstrou um nível elevado de inteligência posicional e técnica no meio-campo, sendo fundamental para o equilíbrio da equipa. A sua capacidade de antecipar e neutralizar a criatividade dos suíços foi crucial, permitindo aos minhotos controlar o jogo. Com 27 anos, e na sua segunda temporada pelo clube, Vítor Carvalho foi decisivo na construção das jogadas ofensivas, participando diretamente nos dois golos da equipa ao oferecer assistências precisas. A forma como se desmarca e posiciona para apoiar os colegas é extremamente impressionante, destacando-se como um dos principais responsáveis pela fluidez e eficácia no ataque.
6 Matheus – Teve um final de tarde relativamente tranquilo, apesar de a equipa suíça ter rematado mais vezes de forma enquadrada. Quando foi chamado a intervir, Matheus mostrou-se sempre seguro. Destacou-se num lance difícil, quando Niakité recuou a bola de cabeça em cima da linha de golo, e o guardião brasileiro conseguiu segurá-la com esforço.
6 Víctor Gómez – O lateral espanhol mantém a sua característica agressividade na abordagem aos lances, mas é inegável a astúcia com que consegue desenvencilhar-se em situações de um para um. Nesta partida, além de cumprir defensivamente, assistiu El Ouazzani no primeiro golo, após uma bela jogada coletiva dos homens do SC Braga.
4 Niakaté – O central maliano do SC Braga estava a realizar uma exibição sólida, transmitindo segurança e confiança ao jovem companheiro de defesa. No entanto, um corte falhado, que resultou no golo do Servette, quase comprometeu a equipa, que então tinha uma vantagem de dois golos. A abordagem ao lance aéreo foi infeliz, com a bola a passar entre as suas pernas.
6 Arrey-Mbi – Recém-chegado ao SC Braga, já começa a justificar a aposta num central tão jovem (21 anos). O defesa alemão demonstrou excelente controlo dos espaços, evidenciando a gestão de espaço e impondo velocidade tanto na reposição das posições quanto na abordagem aos lances, sempre com um timing impressionante.
6 Adrián Marín – Enquanto Víctor Gómez dominava o corredor direito, Marín fez o mesmo do lado esquerdo, com uma abordagem ligeiramente diferente. Tinha a responsabilidade de proteger a defesa, especialmente quando a equipa avançava no terreno. Nos contra-ataques do Servette, Marín ofereceu a segurança necessária para travar as investidas adversárias, demonstrando boa leitura de jogo e posicionamento defensivo.
6 Zalazar – Assumiu o papel de maestro do meio-campo do SC Braga. Sem João Moutinho em campo, a responsabilidade do uruguaio aumentou consideravelmente, conseguindo impor o seu ritmo, organizando a equipa e ligando os setores com eficácia.
5 João Moutinho – Conhecido pela sua resistência a lesões, acabou por ser forçado a abandonar o jogo logo aos 17 minutos, devido a uma lesão no gémeo direito. Não teve tempo para mostrar o seu habitual impacto em campo, mas a sua ausência foi sentida, obrigando o treinador a reajustar a equipa mais cedo do que o esperado.
7 Ricardo Horta – Se houvesse um prémio para o "relógio suíço" da partida, este iria para o capitão do SC Braga. À semelhança de Vítor Carvalho, a precisão de Ricardo Horta foi crucial para os golos da equipa. A forma como gere o tempo e espera pelos momentos certos para lançar as jogadas de ataque é notável e frequentemente subestimada. A sua contribuição vai além dos golos e assistências, sendo fundamental na construção de jogo.
6 El Ouazzani – Chegou ao SC Braga para substituir Simon Banza, cujo futuro na equipa ainda é incerto, e o avançado marroquino tem correspondido às expectativas. Marcou o primeiro golo nos instantes finais da primeira parte, um golo precioso. Já soma três golos nesta temporada.
6 Bruma – Participou ativamente nos dois golos do SC Braga, contribuindo de forma decisiva para o sucesso da equipa. No entanto, também desperdiçou algumas oportunidades e tomou decisões questionáveis em frente à baliza, o que poderia ter ampliado a vantagem da equipa.
5 Roger Fernandes – Substituiu João Moutinho e, apesar de ter sido ele a iniciar a jogada que culminou no primeiro golo do SC Braga, o luso-guineense não teve a preponderância esperada no resto da partida. Destacou-se, no entanto, pelo cruzamento de trivela aos 74 minutos.
6 Roberto Fernández – Doze minutos após entrar em campo, já estava a festejar o segundo golo da equipa, um tento de fácil execução após bom trabalho coletivo. O reforço proveniente do Málaga estreou-se assim a marcar com a camisola arsenalista.
(-) Joe Mendes – Entrou para o lugar de Bruma numa substituição estratégica de Carlos Carvalhal para controlar o tempo e o ritmo do jogo, numa altura em que a equipa precisava de segurar o resultado.
(-) Gorby Baptiste – Entrou ao mesmo tempo que Joe Mendes, mas teve ainda menos oportunidade de se mostrar. O jovem reforço, proveniente do Paços de Ferreira, passou despercebido.